sábado

Valores da familia. a distância do Pai


Não temos tempo.

Temos tempo para muitas coisas, mas não temos tempo para os nossos filhos.

O tempo é um bem que voa, a vida está cada vez mais difícil, trabalhamos muito e na hora de fazer contas quando se aproxima o final do mês, achamos que não trabalhamos o suficiente, porque o dinheiro não chega.

Adoramos muito dos nossos filhos, mas quase não temos tempo para os ver crescer, para brincarmos com eles, para lhe ensinarmos um pouco da nossa experiência de vida, para os ouvirmos ou darmos atenção, mesmo ainda quando pequeninos, que bom vê-los dormir…pensamos nós, não temos tempo, para vê-los chorar, para ouvir as primeiras palavras, para mudar a fralda ou mesmo brincar  de manhã, temos presa. Temos uma vida é agitadíssima, uma correria infernal, porque queremos dar aos filhos melhores condições que aquelas que tivemos. O tempo não chega para tudo…

Arranjamos desculpas com enorme facilidade e conseguimos ficar com a nossa consciência tranquila, pensamos.., até, que nos convencermos do nosso papel de pais fragilizados, que sofrendo  em silêncio durante uma vida inteira pelo bem estar dos nossos filhos.

Será que o dinheiro que compra todas aquelas coisas maravilhosas – e desnecessárias -, paga uma boa conversa com o pai?- Ou um jantar em família sem a televisão ligada? Quando eles chegam da escola, nunca perguntamos como foi o dia na aula, o que aprenderam, não decerto, nem nos preocupamos, porque naquele momento há o computador ou a televisão, ou qualquer outra conversa mais importante …

Eles cresceram… e quando damos conta, quase não conhecemos os filhos. Já atravessaram a crise da adolescência, talvez provocada por companhias menos aconselháveis. E então aparecem aqueles silêncios, dolorosos e profundos, que não deviam existir no seio da nossa família.

E agora é demasiado tarde…

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