quinta-feira

Obras de requalificação do Sátão-Viseu são "vergonhosas"


Obra de alargamento, na estrada do Sátão.
Uma parte da culpa, não será nossa?
Uma vez que somos utentes desta via, teremos feito tudo o que estava ao nosso alcance?
Tentamos pressionar quem de direito e com puder para inverter esta situação? 
Penso que não, como somos um povo de brandos costumes, estamos sempre á espera que alguém faça por nós, o bom, é assistirmos no sofá a estas e outras situações que nos prejudicam e que nos podem custar a vida, pensamos que só acontece aos outros, mas, quando nos bate à porta...
À muito, que vejo  e escrevo, sobre as rodovias do nosso distrito/conselho/freguesia, sou um critico, desejo o melhor para a nossa terra, mas, por vezes parece que cai mal no seio de alguns dos nossos conterrâneos, até parece que estou a pedir algo para mim, acham que a critica nos pode prejudicar, não vejo isso nesse prisma, mas, tento não ser muito directo, mas, ser objectivo.
No fundo, está aqui uma prova de pessoas que pensam como eu.

Transcrevo na integra, artigo do noticias de Viseu.
 

A requalificação da EN229, estrada que liga Viseu a Sátão, está a ser alvo de críticas, pela forma como os trabalhos estão a ser desenvolvidos.
O presidente da Junta de Freguesia de Côta, Joaquim Polónio, criticou a forma como aquela via está a ser requalificada pela Estradas de Portugal, afirmando que estava "à espera de outra coisa".

O autarca deu como exemplo a rotunda de acesso ao Parque Industrial de Mundão, onde os automobilistas "enfrentam" uma enorme parede, que pode tornar-se perigosa no caso de se verificar um despiste. "Já houve condutores que destruíram lá os seus carros", sublinhou o colega de Cepões.
O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, apelidou os trabalhos na EN229 de "vergonhosos", lembrando que o vereador com o pelouro das Obras Públicas, Cunha Lemos, deu conta das preocupações da autarquia ao vice-presidente da Estradas de Portugal, tendo-se deslocado às obras com o responsável com o objectivo de indicar os sítios potencialmente perigosos, entre os quais a já referida rotunda.
O resultado desse encontro foi uma carta da Estradas de Portugal, na qual a empresa explicava que não havia perigo e que não seriam feitas alterações ao projecto de requalificação.PS questiona ministro das Obras Públicas
Também os deputados do PS eleitos por Viseu estão preocupados com aquilo que consideram ser um "completo laxismo" relativamente à forma como está a ser feita a requalificação.
Em requerimento apresentado na Assembleia da República, os socialistas dizem que as obras estão a ser feitas, mas que existe "uma intolerável falta de conservação mínima que impeça que os utentes ali degradem os seus veículos".
Alguns dos locais, já reportados pelos utentes à Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e por esta às Estradas de Portugal, apresentam uma degradação mais substancial, nomeadamente nas zonas do Pereiro, Curvas do Fojo, Recta da Barraca, Curvas de Passos, Cavernães, cruzamento da ZI Mundão, cruzamento de Mundão e Travassós. "Acresce a tudo isto que se contabilizaram neste troço em 2008 um total de 44 acidentes dos quais resultaram 1 morto e 21 feridos, 6 deles em estado grave e em 2009 se registaram 122 acidentes que causaram 1 morto, 4 feridos graves e 57 feridos ligeiros", frisam os socialistas no documento que seguiu para o ministro das Obras Públicas.
A requalificação da EN229 vinha há algum tempo a ser reivindicada, pois tratava-se de uma necessidade imperiosa, face ao estado de degradação do seu pavimento em consequência da elevada utilização pelos utentes dos concelhos de Sátão, Vila Nova de Paiva, Moimenta da Beira, Tarouca, Tabuaço, Aguiar da Beira, Sernancelhe, Penedono e S. João da Pesqueira (entre outros), aquando das suas deslocações a Viseu.
Apesar da requalificação, foi anunciado, em 2009, que seria estudada uma nova ligação entre os dois concelhos, mas até agora ainda não foi nada divulgado.
Na altura, foi homologado, em Sátão, pelo secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, o contrato para a elaboração do estudo correspondente a essa variante à EN 229, entre Sátão e a A25/IP5, estudo esse que tinha como objectivo definir o corredor do traçado e as características técnicas da via.
"Apesar de respeitarmos as opiniões dos técnicos, somos a entender que uma solução que não tenha como visão uma resposta rápida e segura e que possa ser sedutora, pelo seu perfil (4 vias, 2 em cada sentido) não trará a mais-valia que um investimento desta estirpe pode conceder a um território", lembram os deputados, questionando o ministro sobre "qual o entendimento que o Governo tem a propósito desta variante".  


Fonte diário de Viseu

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