quarta-feira

FELIZ ANO NOVO

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Um brinde ao Ano Novo.

Vamos esquecer as tristezas de ontem e dar lugar para as alegrias do amanhã . Que todos os nossos projetos se concretizem e que a nossa amizade possa continuar por mais 365 dias deste Novo Ano!

Sejam Felizes

Feliz ano novo

sábado

NATAL 2008

Prova de Estrada pelo Vale em Agosto

De acordo com o programa de festas, pelas 9,30 da manhã de Domingo, 17 de Agosto,  a equipa de atletismo lá da terra, apresentou-se na máxima força para a famosa prova de estrada Duas Igrejas – Carvalhal - Lamas - Duas Igrejas.

Muito a medo lá foram aparecendo os primeiros atletas, ainda cheios de sono, bem.... depois de umas badaladas ao sino da igreja, o povo apareceu em massa.

Começou a corrida desenfreada de uns, mais lenta dos outros, aqueles que ainda cheiravam a vinho do dia/noite anterior, diga-se, para esses a prova foi dolorosa, mas, como não podiam dar carta de fracos, embora por vezes pedindo boleia aos carros que iam passando, lá terminaram a prova, ao pé-coxinho, quase com os bofes de fora, chegaram ao fim.

Como a imagem documenta, o prémio foi um barril de cerveja para todos.

Aqui se prova, que,  só quem chegasse ao fim, podia beber, claro que, estava tudo de copo de cerveja na mão.  

O vencedor,..... fomos todos, chegámos ao fim ainda com vontade de repetir a proeza de mais uma volta pelo lindo Vale da Ribeira.

Provavelmente, para o ano seremos mais, serão precisos dois barris de cerveja, como prémio.

quarta-feira

Juventude esquecida

Todos nós aprendemos um pouco uns com os outros. Lembramo-nos das histórias de encantar, de lendas, de histórias de uma vida, contadas pelos nossos avós, pelos nossos pais. Hoje somos pais, somos avós, o que é que ensinamos aos nossos filhos, o que contaremos aos nossos netos. As histórias de encantar já perderam o seu encanto, as lendas já não entram nas conversas, as histórias da vida já não interessam pois os filhos nada sabem ou não querem saber das histórias da vida dos seus pais. Muito do que aqui escrevo tem muito do que me foi contado, do que foi sentido, do que foi vivido pelos nossos antepassados. Um dia partiremos e quando os filhos forem ver o que escrito foi deixado, ficarão admirados de lerem tanta coisa que lhes tinha passado ao lado e dirão: «Afinal o meu pai, ou a minha mãe, até viveram umas coisas». E os nossos netos? O que dirão?!

quinta-feira

Pobreza franciscana

Como pessoa atenta que sou ao desenvolvimento da minha terra, sempre que posso, consulto o sítio do nosso município, na expectativa de encontrar alguma obra a desenvolver na minha querida Aldeia.

 Mas ….. sem sucesso.

 Em alguns contactos que tenho mantido com o nosso querido Presidente do Município, Dr  Alexandre Vaz, nenhum tem surgido efeito, entristece-me só em pensar como me dirigir de novo  a essa ilustre pessoa.

 Já passaram uns bons anos e o meu simples pedido, de uma placa indicadora do simples caminho,  pois de estrada” já foi”, para a nossa Aldeia (Duas Igrejas), no cruzamento em Lamas, (junto da  feira), que em tempos já la existiu, continua por se concretizar, é lamentável, incompreensível  como em pleno século 21, a nossa autarquia não dê um pouco de atenção a estas coisas tão  simples,…. É triste convidarmos amigos de outras cidades e países, para nos visitarem e  andarem  perdidos sem qualquer indicação da nossa terra, como foi o caso de alguns convidados  para a  nossa festa de 15 de Agosto.

 Claro que há coisas mais importantes,... mas também pouco se faz, ou pelos menos não dou por  elas serem feitas, essencialmente na nossa aldeia.

 Desde já alertava, para algumas situações que gostaríamos de ver concluídas ainda no seu  mandato, ou ainda enquanto formos vivos:

Ø      Conclusão da pavimentação da rua das leirinhas, uma vez que tem pavimentação no inicio e no  final, no meio onde está a virtude, continua um lamaçal, no inverno quase ninguém consegue  passar por alí.

Ø       Pavimentação da rua que liga a rua principal, no cimo do povo e que vai ligar à nova circular, Rua  do Pousado assim como dotar de iluminação, pois à noite passam várias pessoas que moram  para aí. 

Ø       Dar sequência aos prometidos postes de iluminação na rua das leirinhas.

Ø        Gostaríamos de ver concluída a estrada, que liga a rua do Pousado e termina em frente da  Capela, vindo pelas eiras, um projecto que deve estar na gaveta, que o Engenheiro Coutinho em  tempos elaborou. 

Ø     Todos os anos em Agosto, com o regresso dos Emigrantes, o lixo aumenta mas a recolha mantêm-se em duas vezes por semana, como durante o ano, a recolha deveria efectuar-se pelo menos três ou quatro vezes por semana, (gostaríamos que tivesse isso em conta, pois por vezes o lixo espalha-se pelo chão e o cheiro é insuportável).

Sr. Presidente, não queremos que isto seja feito numa só vez, mas pelo menos, faça o que for mais importante para a população de imediato.

 Provavelmente, algumas destas obras, serão da competência da Junta de Freguesia, mas.... daí também espero pouco.

Entristece-me, olhar para a minha terra natal, e não ter orgulho de apresentá-la como alguns amigos meus, que visito na suas pequenas aldeias, mas... muito bem organizadinhas, as ruas, as estradas, os jardins e parques infantis, que embora quase nem existam crianças a lá viver, a Autarquia preocupa-se com as que ali vão visitar os amigos que ali vivem.  Exemplo "Jardo " onde vivem apenas nove pessoas. 

Vasco Rodrigues

Ferreira d'aves nos jogos paralimpicos

"PARABÉNS Fernando Ferreira"
medalha de prata nos Jogos Paralímpicosde Pequim 08 Numa das competições em que participou o nosso conterrâneo, Fernando Ferreira, Portugal conquistou a medalha de prata no torneio de boccia por equipas BC1/BC2 ao perder com a Grã-Bretanha no jogo decisivo por 8-4. Com a prata alcançada por Fernando Ferreira.Na sua chegada ao Aeroporto de Lisboa, no dia 20 de Setembro, tinha um autocarro cheio de familiares e amigos à sua espera.Esta é mais uma medalha a adicionar ao seu imenso palmarés de troféus, que o atleta de Lamas de Ferreira d'aves, Fernando Ferreira possui.A modalidade de “Boccia” em que o Fernando se destacou, é um desporto único para os Jogos Paralímpicos e está aberto a atletas com Paralisia Cerebral em cadeiras de rodas. Tem como programa 7 provas, para homens e mulheres que competem em equipas, pares ou individualmente. Os jogadores têm como objectivo, lançarem as suas bolas (podem ser vermelhas ou azuis) o mais perto possível da bola branca, que é o alvo. As bolas podem ser lançadas com as mãos, pé ou utilizando uma calha. A modalidade “Boccia” foi incluída nos Jogos Paralímpicos de Nova Iorque, em 1984.
Currículo Desportivo
03-01-2007 Outras Competições - Canadá Boccia - Equipa BC1/BC2 3º, Medalha de Bronze
01-01-2007 Outras Competições - Canadá (Recorde Pessoal) Boccia - Individual 1º, Medalha de Ouro0
3-01-2006 Campeonato do Mundo - Brasil Boccia - Equipa BC1/BC2 2º, Medalha de Prata
01-01-2006 Campeonato do Mundo - Brasil Boccia - Individual 8º
03-01-2005 Campeonatos Regionais - Portugal Boccia - Equipa BC1/BC2 1º, Medalha de Ouro
01-01-2005 Campeonatos Regionais - Portugal Boccia - Individual 1º, Medalha de Ouro
03-01-2004 Jogos Paralímpicos - Atenas (Recorde Pessoal) Boccia - Individual 3º, Medalha de Bronze
01-01-2004 Jogos Paralímpicos - Atenas (Recorde Pessoal) Boccia - Equipa BC1/BC2 1º, Medalha de Ouro
01-01-2000 Jogos Paralímpicos - Sidney Boccia - Equipa BC1/BC2 3º, Medalha de Bronze
01-01-1996 Jogos Paralímpicos - Atlanta Boccia - Equipa BC1/BC2 2º, Medalha de Prata

sábado

Gente caricata

Na aldeia havia sempre algumas personagens que se destacavam, umas pela negativa, outras pela positiva, mas sempre nos lembramos daquelas que nos marcaram, ou que nos fizeram passar bons ou maus momentos. Lembro com alguma ternura, velhinhas que urinavam em pé, empinando a saia um pouco para cima e lá vai disto, um rio de urina aos nossos pés, durante uma conversa amena que íamos mantendo, faziam isso com uma descontracção impressionante, por vezes quem ficava envergonhado éramos nós, os mais novos. Toda a gente gostava do Miguel Perneta, os mais novos gozavam bastante, derivado às dificuldades de ele se movimentar, sempre com a sua sachola servindo de bengala ia se arrastando como podia, bebia muito, ia para casa a cantar com a bebedeira quase todos os dias, vivia na miséria. Lembro da sua morte, enforcou-se na sua casa, provavelmente da vergonha porque iria passar, uns dias antes tinha sido visto por alguém a entrar na nossa tasca, e roubou algum dinheiro para a sua sobrevivência, daí salvar a sua honra na morte, outra estupidez. O Saul colhereiro, um rapaz dos mais apreciados pela negativa, mas com um bom coração, um louco pela velocidade na sua motoreta, como ficou sem aquela perna, no trambolhão com sua motoreta, na curva do Ameal. Eu estava lá ao lado da casa, quando seu Pai ( o Manuel colhereiro, então à pouco tempo vindo do Brasil), à traição enquanto ele dormia, apunhalou-o com umas facadas no peito, que horror de noite na aldeia! A sua morte foi estúpida, tomou aquela calda que se fazia para matar o escaravelho da batata, ainda hoje não se sabe o porquê !!!!!!. A Família Cegões, do Luíz e Mário, que trabalhadores; das noites em que eles iam guardar a água para os lameirinhos, sempre cheios de medo do escuro, nós os mais novos, gostávamos de os arreliar e de os ver zangados, eles, tinham uma pronúncia, (dialecto) muito engraçado, pouca gente os entendia, eram muito ternurentos, dessa família o Luis o único que ainda vive e com saúde, encontra-se internado num lar no Avelal. Sinto saudades desse tempo….

Na taverna da minha terra

Voltando um pouco à minha infância, por volta dos cinco, seis anos, pequenito mas com algum jeito para o negócio, na taberna da minha Mãe, já numa de empresário, aviando copos de três, copos de anis, pirolitos, gasosas, e cervejas naturais ou mergulhadas num alguidar de água fresca da fonte, porque frigorifico, era palavra inexistente no dicionário lá da aldeia, lá íamos servindo algumas refeições, os famosos pratos: uma lata de atum com cebola, uma lata de sardinhas com pão de milho, eram os pratos mais famosos lá da tasca. A famosa máquina de lavar copos e outras loiças, era um alguidar meio de água, que dava para o dia todo, para lavar toda a loiça. Sempre atentos ao negócio, pois a concorrência não nos dava descanso, lá nos tínhamos que levantar à uma da manhã, a meio do segundo sono, havia sempre alguém que se tinha esquecido de comprar uma caixa de fósforos, ou um molho de fortes, os cigarros mais famosos da época, não me lembro do preço mas deviam custar quatro tostões, vínhamos atender o cliente, embora nos custasse a levantar o rabo da cama, sair do quentinho não era fácil naquelas noites de Inverno.

À noite, a conversa e criticas ao então governo do Salazar, eram lá na tasca, sempre com algum medo que aparecesse um bufo da PIDE. As poucas notícias que chegavam por lá, eram só o que se ouvia pela rádio, jornais não havia, depois do fim do dia de trabalho sempre se aproveitava e se bebia um copo de vinho na tasca da Filomena e se punha a escrita em dia, até tarde por vezes. De quando em vez lá vinha a mulher arrastar o seu homem para casa, chamando-lhe alguns nomes apropriados à ocasião (seu bêbado)..... não era que o vinho fosse de má qualidade, mas a quantidade era um pouco exagerada.

As apostas eram sempre a um garrafão de vinho !!!!!

quarta-feira

bicke tour 2008 Travessia da Ponte Vasco da Gama

Estivemos lá representados. Belo domingo, manhã soalheira, a equipa das Duas Igrejas apresentou-se pelas 7,30 em pleno terminal da expo-98, onde iriamos ser conduzidos de autocarro para o ponto de partida bicke tour 2008, alguns ciclistas mal tinham dormido: digo eu,... mas a festa correu numa toada muito lenta, como mostram algumas fotos, os 45. mil ciclistas mal se podiam por em cima do moxibombo andande diga-se " made in china" daí a boa qualidade de 30% da bicks não chegarem ao fim da prova. A equipa cá da terra, terminara provávelmente nos 20.mil primeiros.... boa classificação. Voltaremos para o ano se Deus quiser.

Humor " nos lençois "

CARTA PARA A MINHA QUERIDA ESPOSA:
Durante este ano que se passou, eu tentei fazer amor contigo 365 vezes.
Fui bem sucedido 36 vezes, o que dá uma média de 1 vez em cada 10 dias.
Segue-se uma lista das razões pelas quais não fui bem sucedido:
54 vezes - a cama estava feita de lavado,17 vezes - era muito tarde,
49 vezes - sentias-te muito cansada,20 vezes - estava muito calor,15 vezes - quiseste dormir,
22 vezes - tinhas dores de cabeça,17 vezes - receavas acordar o bébé,
16 vezes - estavas demasiado dorida,12 vezes - era momento errado do mês,
19 vezes - precisavas de te levantar cedo,9 vezes - não estavas com disposição,
7 vezes - estavas demasiado queimada pelo sol,6 vezes - ficaste a ver a última sessão na TV,
5 vezes - não quiseste estragar o novo penteado,3 vezes - disseste que os vizinhos iriam ouvir- nos,9 vezes - disseste que a tua mãe iria ouvir-nos.
Das 36 vezes que fui bem sucedido, as coisas não correram bem porque:
6 vezes - tu simplesmente estavas ali...8 vezes - lembraste-me que havia uma racha no candeeiro.4 vezes - disseste para me apressar ou acabar mesmo à mão.
7 vezes - acordei-te para dizer que tinha terminado.E uma vez, julguei que te tivesses magoado porque te mexeste.
CARTA PARA O MEU QUERIDO MARIDO:
Penso que estás um pouco confuso, pelas "Se" não conseguiste mais do que as que aconteceram foi porque:
5 vezes - Chegaste a casa bêbado e tentaste fo.... o gato,
36 vezes - Não chegaste simplesmente a casa,21 vezes - Não te "vie...",
33 vezes - "Vie...-te" cedo de mais,19 vezes - Ficou murcha antes de me penetrares,
38 vezes - trabalhaste até tarde,10 vezes - ficaste com cãibras nos dedos dos pés,
29 vezes - tinhas que te levantar cedo para ir jogar golf,
2 vezes - vinhas de uma briga onde alguém te tinha dado um pontapé nos testículos,
4 vezes - ficou entalado no fecho das calças,3 vezes - tiveste uma hemorragia e o teu nariz começou a sangrar,
2 vezes - tinhas uma lasca no dedo,20 vezes - esqueceste a ideia, depois de pensares nisso o dia inteiro,
6 vezes - vie...te no pijama enquanto lias um livro erótico,96 vezes - estavas muito ocupado a ver futebol, Formula 1, etc. na TV.
Das vezes que o fizemos juntos, o motivo pelo qual fiquei quieta foi porque não acertaste e estavas a coisar os lençois. Eu não estava afalar de uma "racha no candeeiro".

A nossa Cultura

Um hino à nossa Cultura
Levando a nossa cultura além fronteiras, esta gente merece o maior carinho de todos nós, de enaltecer o espírito do grupo animador pelos membros de que é composto, essencialmente os na nossa aldeia.
Em cada actuação, abre uma nova página de sabores tradicionais oriundos dessa região de Ferreira d'aves.
Historial do Grupo Etnográfico de Danças e Cantares de Ferreira de Aves O grupo foi fundado nos anos 80 e depois de cerca de uma década de bom folclore, desintegrou-se tendo sido perdido todo o seu património. Das cinzas renasceu em Maio de 2006 o Grupo Etnográfico de Danças e Cantares de Ferreira d’Aves. É um grupo heterogéneo, composto por cerca de quarenta elementos, jovens de todos os graus do ensino, gente do campo, comerciantes, industriais, reformados, professores, etc. Depois de um período de ensaios intensivos, teve oportunidade de participar em vários eventos, desde o Minho ao Algarve e logo no seu segundo ano de actividade participou em 3 festivais internacionais em Paris (Plaisir e Vincennes), e no sul de França em “Pau”. A Câmara Municipal do Sátão, disponibilizou-lhe, a Escola Primária de Casfreires, por se encontrar desactivada e ali foi instalada a sua sede, onde realiza os ensaios, tendo sido criado também um pequeno museu etnográfico e um amplo espaço de convívio. Tem desenvolvido várias actividades etnográficas, transmitindo aos mais jovens os usos e costumes de seus avós, para que um valioso património cultural se não perca, destacando-se a moagem do milho em moinho de água, o cozer a broa em forno comunitário, a confecção das “papas laberças”, as rezas e orações, a matança tradicional do porco, etc. Tratando-se de uma região pobre em que, se vivia de uma agricultura de subsistência são também pobres os seus trajos, com destaque para a palhoça usada pelos pastores e a capucha ainda hoje usada pelas mulheres, nalgumas serras da região. As modas são danças de roda específicas da Beira Alta, mantendo sempre na marcação a roda e o abraço.

Coisas caricatas da nossa terra

ISTO É VERDADE E ESTÁ INSCRITO NUMA PEDRA NA IGREJA DE TRANCOSO, Do Arquivo Nacional da Torre do TomboSENTENÇA PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO (Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5, março 7) 'Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos. Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres'. (agora vem o melhor:)'El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou por em liberdade aos dezessete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo'.

Genta da terra em Castelo Branco

Em Março de 2003 o grupo dos purus vinicus , desta vez montou o quartel general, em Castelo Novo (Fundão), juntou a turma na foto è esquerda,em baixo o que resta de um cherne com quase 25 kg, delicioso, o resto foi um fim de semana em grande, claro, sem mulher por perto, e daí cada um tire ilações.
Espetacular...............

Jantar às 3 da madrugada 2002

Penso que andará pelos anos 2002, em pleno verão, depois de um dia de grande folia vivido com muita intensidade, juntamos os dois internacionais que nos visitaram amigos do Ricardo, O Brasileiro Rodrigo, o Luso Alemão Saxa, entre outros, em homenagem ao grande Deus do Baco "o vinho Portugues" jorrou pelas nossas gargantas em plena noite de folia , na grande mansão do Grande Fausto Caiado, que embora ausente na Cidade Maravilhosa do Rio de Janeiro, estava bem representado "O grande camarada e Amigo Ricardo Caiado" o filho. Foi uma noite enesquecivel, como quase todas quando o reencontro acontece nas Duas Igrejas.

Velhos tempos

Num jantar na cinderela com os jornalistas por perto Já lá vão uns anitos, numa fase em que nós um grupo de amigos, que dávamos o nome, de PURUS VINICUS, juntávamo-nos em redor de uma mesa, e provávamos do melhor que se fazia em vinho no nosso Portugal (Onde se reconhecem (das Duas IgrejasVasco Caiado, Rogério Sebastião, Armando Ferreira, Nelo,Vasco rodrigues obviamente) ainda o Dr João Carvalho do Outeiro Ferreira de Aves, entre outros. VR

sábado

Nossa Senhora dos Altares 2008

Este ano a festa foi mesmo de arromba, Os nossos emigrantes trazem a saudade no seu coração. Saudade da sua terra, saudade das suas gentes, saudade das suas festas. Percorrem milhares de km para voltarem à terra que os viu nascer, o abraçar aos seus pais velhinhos, percorrer as ruas da sua infância, o reencontro com a sua casa da aldeia. Ver correr a água cristalina da fonte no tanque das lavadeiras da aldeia. Ver a casa dos seus sonhos, erguer-se pintadinha de branco, um belo jardim, contrastando com as construções antigas de pedra sobre pedra, com uma lareira a um canto onde ali, no pote, se coziam as batatas, as cenouras, os nabos e como sabia tão bem aquele cheirinho. A carne no fumeiro, os chouriços, os presuntos pendurados na trave da velha casa. Já não há cheiros como os da nossa infância, a terra molhada, da terra lavrada. O carrão a fazer inveja junto da vizinhança e amigos de infância, sabem os deuses, quantos sacrifícios, quantas horas de trabalho, mas ali está ele para justificar o abandono da terra que o viu nascer, o dinheiro curto e sonhos não concretizados. Ontem deram o salto para terras de França. Depois outros países os receberam. Hoje, nesses países, deixaram descendência. Os filhos que só vêm à terra dos seus pais porque eles os trazem até que um dia ficam por lá pois esta terra já não é a sua. Todos os anos os nossos emigrantes regressam e, a sua terra, a sua aldeia está pronta para os receberem. Neste mês de Agosto as festas são uma constante, assim, em todas as aldeias, ali no largo, perto da igreja, mesmo em frente ao clube tudo fica engalanado, a música puxa para dar um pé de dança e é vê-los bailar juntamente com o povo que ainda teima em manter se por cá, a música que o povo gosta, até altas horas da madrugada. A procissão sai, os anjinhos de braços abertos pedem aos céus que no próximo ano de novo volte a haver... Festa na Aldeia.

sexta-feira

O Vale da Ribeira

Só a beleza daquele vale, que me viu nascer, me transfigurou, para enfrentar uma vida diferente, daquela gente que por lá ainda vive, no seu dia-a-dia. Descendo pelo Vale, a primeira povoação, chama-se Cuvelo, uma Aldeia cheia de vida, gente humilde, a sua riqueza são os campos cultivados, envolta de vegetação que, por vezes, ampara o frio e o gelo que advêm do cimo da serra. Soito é a povoação seguinte, mais pequena que a primeira, foi um lugar que não cresceu muito, embora a emigração para França e Suíça exista, eles, emigrantes, fizeram pouco investimento na na na sua terra Natal. Caminhando um pouco mais, encontramos Casfreires, a aldeia mais populosa do vale, um passado histórico muito rico. Continuando a descer, deparamos com um pequeno aglomerado de casas hoje totalmente abandonadas, mas que em tempos viveram algumas famílias, de seu nome, Moita. Quase já em ligação com a anterior, chegámos ao Carvalhal, bastante populoso, talvez a Aldeia que mais produz na agricultura, os habitantes são humildes, trabalhadores, mas também bebem os seus copos de vinho, uma característica de timbre da terra, falam um pouco mais alto que qualquer uma das suas congéneres, por isso fora apelidada de chabouqueiros A Vila-da-Ribeira, é a penúltima do Vale, Aldeia pequena que pouco evoluiu nos últimos anos, não por ser pobre, mas por os seus habitantes serem um pouco forretas n n nn os gastos, quase cinquenta por cento da população são emigrantes, que nestes últimos anos estão a regressar à sua terra de origem, já com suas belas reformas do estrangeiro e uma boa conta bancária. Vale da Ribeira Fonte, Maps live Chegamos finalmente à minha Terra-Natal, Duas Igrejas, a população infelizmente escassa, como acontece em quase todas as aldeias, vive em função do que a terra lhes dá. Os mais novos abandonam a povoação, procurando ganhar a vida noutras paragens, os mais velhos vão resistindo e mantendo as tradições, lutando contra a desertificação, tentado manter o que os seus antepassados lhes deixaram com herança, outros regressaram de vez dos países onde emigraram durante décadas, mas que a saudade os obrigou a regressar. O risco de se transformar, numa aldeia fantasma, já foi mais iminente do que hoje em dia, nesse sentido vão se construindo habitações para quem regressa e de quem constitui nova família. Houve uma melhoria geral das condições rodoviárias de acesso e circulação no Vale da Ribeira. Actualmente, a circulação de autocarros já é possível, o que há alguns anos atrás nunca se imaginou, qualquer pessoa que se quisesse deslocar, se não tivesse meio de transporte próprio, teria de andar vários km a pé, para ir ao médico, à farmácia, ir fazer algumas compras e ir para a escola. A carreira (como chamavam) só passava em Lamas, aldeia do outro lado da serra, que nos levaria à vila (Sátão) ou à cidade (Viseu). Casa da minha avóDescer pelo vale e caminhar por todas as Aldeias, para conhecer, depara com um autêntico museu de rara beleza ao ar livre. O som repousante das levadas. O verde florido dos campos. O cheiro agradável do pinheiro e da giesta. Os monumentos onde o tempo se sente. A autenticidade...

A matança do porco

No dia da matança do porco era uma alegria para nós, putos da aldeia, tudo começava bem cedo, de madrugada, lançava-se um laço ao focinho do porco, coitado era vê-lo sofrer! Amarrava-se o porco ao touco do carro das vacas, os homens seguravam nas patas e o matador encarregava-se de lhe espetar a faca no pescoço até sair o sangue todo, o qual caía para um alguidar, em que uma mulher ia sempre mexendo, para não coalhar. Esse sangue, era aproveitado para fazer morcelas, sarrabulho e também juntava-se a batatas cozidas do dia anterior, na frigideira, com sal azeite e alho, que prato… Depois do porco já morto, tínhamos de lhe queimar todos os pêlos, espalhávamos-lhe uma faixa de palha por cima dele, lançávamos-lhe o fogo até queimar toda a pelagem, depois dessa operação era-lhe tirada toda a sujidade do corpo, lavá-lo, muito bem, esfregado com água e raspando com pedras, até sair toda a sujidade provocada pela queima, um valente banho.
Depois vinha a melhor parte, o petisco, o porco era pendurado para secar (dizia-se), era-lhe retirado uma parte da barriga, o fígado, todos os intestinos, (as tripas) que, por sua vez, de seguida tinham de ser lavados no ribeiro, para fazer os enchidos (chouriços), com a barriga e o fígado, tudo cortado aos bocados, fazia-se uma fritada na banha de porco do ano anterior, acompanhado com pão de milho e um tintinho, que petisco. Dois dias depois, vinham os torresmos ao jantar, à tarde desmanchava-se o porco, com algumas aparas e boa carne, fazia-se um arroz de miudezas, carne frita com batatas cozidas, um jantar para toda a família… delicioso! Presuntos para um lado, pás para o outro, tiravam-se os lombos para os salpicões, um tacho com carne em vinha-d’alhos e faziam-se os enchidos, que se penduravam à volta da cozinha para ‘fumarem’ os presuntos, e o resto da carne ia para a salgadeira, uma tradição que teima em desaparecer, essencialmente pelos mais idosos.

Hoje menos, é verdade, fruto das contingências da vida moderna, imposições e regras vindas da Europa, tendem a submergir e a desagregar a acção identitária comunitária. Ainda resistimos, sabe-se lá por quanto tempo. E a matança do porco como espaço social faz parte da nossa riqueza patrimonial.

As casas da minha aldeia

Aspecto da aldeia visto da eira
Lembro da casa da minha avó Alzira, Avó Materna, e da maior parte das casas das aldeias, eram muito idênticas, pobres, mas ricas em felicidade, casas humildes. Na cozinha, não havia qualquer chaminé, o lume ocupava quase todo o chão e havia panelas pretas com pernas, a fumegar. O fumo saía por um buraco no telhado feito nas telhas e não havia tecto, só as telhas! Não havia luz eléctrica, enquanto uma candeia de azeite alumiava a entrada, o resto da casa era iluminado pelas chamas da cozinha. Nos quartos só cabia uma cama e uma mesa-de-cabeceira. Não tinham janelas. A casa de banho, era divisão que não existia. Um lavatório de pés de ferro tratava da nossa higiene diária. Uma das coisas mais engraçadas que recordo, … Como não havia casa de banho (sanita), as nossas necessidades fisiológicas eram feitas no campo, atrás de uma árvore, de um muro, enfim em qualquer lado onde ninguém espreitasse. O papel higiénico era uma pedra, uma folha de couve, uma parra de videira, um feto, tudo servia para limpar o rabo, mas… coisa que muita boa gente nem se preocupava com isso, ficava assim mesmo. Porca miséria. Tomar banho a sério, só no Verão na levada do lameirão, aí todos os domingos nos refrescávamos, íamos nadar a tarde toda. Diverti-me imenso junto com os outros miúdos lá da aldeia. O forno da aldeia estava aceso e nem nos apetecia aproximar porque o calor era sufocante. Havia, no entanto, no ar um cheirinho que se ia acentuando. Pouco depois do cheiro da lenha, começava a cheirar a pão quente e a nossa distância do forno ia-se encurtando, ia ficando te tal forma reduzida que já se via a comprida bancada coberta de panos brancos e os pães acabadinhos de sair do forno. Aquele pão amarelo de milho cozido no forno da aldeia em cima da mesa, que delicia, aquela côdea… Não posso precisar em que altura do ano, (dia dos compadres ou comadres), cozia-se uma bola de carne, que saudade dela!No Inverno, o frio era terrível, era muito gelado. De manhã quando acordávamos,por vezes estava tudo branquinho, ou era neve ou geada. Quando geava, queimava todas as colheitas. No tanque da fonte, onde as mulheres iam lavar a roupa, existia uma camada de gelo com mais de dois centímetros e nós, os miúdos, andávamos por cima da água a escorregar (fazíamos patinagem artística). O nosso nariz congelava com frio, só apetecia encaixar uma unha de porco que tirávamos na matança. Em casa, o único aquecimento era a lareira. À noite, a minha avó metia no fundo da cama, no meio dos lençóis, uma botija em cerâmica cheia de água a ferver enrolada em panos para nos aquecer os pés, durante a noite. Mais tarde, essa botija foi substituída pelo saco de borracha, que ainda hoje se utiliza nas classes mais pobres (este saco é mais seguro que a botija, não se abre com tanta facilidade). A classe dos remediados, já utiliza o aquecedor a gás, com o qual aquece a casa. As pessoas com mais recursos financeiros, mandam instalar o aquecimento central pela casa toda, quer através de caldeira eléctrica, ou através da lareira com recuperador de calor, mas ainda há quem opte pelo ar condicionado “inverter system” com bombas de calor que tanto dá para o Verão como para o Inverno.

De Consciência

Todos ganhamos experiências ao longo da nossa vida, que nos fazem crescer enquanto pessoas, ganhamos maturidade, criamos novas expectativas, sonhamos com novos horizontes, por vezes esperam-nos desilusões e tristezas. Somos cada vez mais exigentes connosco, somos espectadores em relação a tudo o que nos rodeia, sem dúvida, faz parte do crescimento pessoal de todos nós. Ao mesmo tempo, enchemo-nos de contradições e de desmotivações, mas as emoções que nos rodeiam, são mais fortes, às que juntamos à nossa volta, por vezes desorganizada e pouco coerente com nós próprios, promovem a pouca vontade de aprender mais. Por que desistimos de nós ? Que certezas nos valorizam, o que queremos para a nossa vida, faz ou não sentido? É ou não interessante, chegar mais longe? Vamos partir para a descoberta das nossas mentes, reactivá-las, mexer com o cérebro, vamos aprender mais. Vasco Rodrigues

Pensamentos

A felicidade não advém do facto de sermos ricos, nem de seremos meramente bem sucedidos na nossa carreira, nem sequer de satisfazer-mos todos os nossos caprichos. Um passo em direcção à felicidade é tornáramo-nos saudáveis e fortes enquanto somos jovens, para que possamos ser úteis e assim consigamos desfrutar da vida quando formos homens

quarta-feira

Nossa Senhora dos Altares

Todos os anos, dia 15 de Agosto, realiza-se "a Festa em honra de nossa Senhora dos Altares", festa anual da nossa terra, que atrai muitos emigrantes. Os andores na procissão, percorrem as ruas da aldeia, desta, já sem os foguetes doutrora a estoirar no céu.

É uma festa milenar, toda a gente veste um fato novo ou estreia uma roupa bonita, mostra-la na missa, é o ponto alto . Festa é festa, é o almoço mais longo do ano, o melhor mais saboroso, com arroz doce, e outras iguarias, onde se bebe o melhor que temos em casa, onde se recordam coisa do antigamente, para os mais novos. Depois do almoço bem regalado, reunião de amigos junto ao adro da capela, vamos dar inicio ao grandioso baile da Senhora dos Altares. Bailamos noite dentro, cumprindo a tradição. Aí os emigrantes desfrutam dos bons velhos tempos, antes de partirem da sua Terra Natal , de volta aos países onde trabalham. Nesta altura do ano, o Vale da Ribeira enche-se de festas e romarias, que têm como objectivo acolher os emigrantes. O religioso e o pagão fundem-se num espaço em que se celebra a missa em devoção ao santo da terra e se ouve música popular. O rancho ou os cantares ao desafio marcam presença deixando permanecer a tradição.As mulheres (doceiras) que vendiam doces da romaria e tremoços apregoavam os produtos, coisa que já não acontece, a tradição já não é o que era. Os emigrantes cruzam-se com familiares e amigos que já não vêem desde o ano passado, enquanto dançam ao ritmo da musica portuguesa e dos sons populares. “Adoro vir a Portugal e às festas. Lá não têm nada disto. É tão bom ouvir falar a nossa língua e ver a nossa cultura”, relembram eles. As comunidades emigrantes também tentam preservar as tradições portuguesas nos países em que se inserem. De destacar os ranchos folclóricos, os jornais e rádios. Adoram ler o jornal da minha terra porque é uma forma de me manter informada e de ter uma certa ligação, mesmo estando longe”, O período estival é ainda marcado pela realização dos casamentos de luso-descendentes. Os emigrantes aproveitam as férias e o regresso ao país de origem para casar. Contrariando a tendência que se vem fazendo sentir nos últimos tempos, os emigrantes ainda valorizam muito a tradição do casamento religioso.

segunda-feira

O Principio

Tudo tem um principio, este blog não foge à regra, peca só por ser tardio. Desde à muito tempo, tenho em mente divulgar o nome da minha querida aldeia, esquecida na beira interior, por breves trexos vou tentando reavivar a cultura daquela humilde gente e digulgar algumas coisas que por lá se passam ou passaram.