sábado

Resposta do Sr Padre Nuno« quem quer festas págas»

É uma resposta um pouco vaga, mas, pelo menos não tem tanta agressividade, como a da anterior resposta à festa de Stª Bárbara 2009, à qual achei muito agressiva para com os paroquianos, pelo tratamento de bêbados, o qual nem sequer me atrevi aqui a publicar.
Esta foi mais ponderada, embora o seu teor, não vá de encontra directamente ao artigo de opinião, refugiando-se um pouco na liturgia, de qualquer forma, penso que qualquer um de nós tem uma opinião formada, tendo sempre o direito a divulga-la ou expressa-la, nunca passando duma opinião.
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Paróquia
Conforme define o cânone 515, parágrafo 1º do Código de Direito Canónico, a paróquia é uma determinada comunidade de fiéis, constituída de modo estável, na igreja particular cujo cuidado pastoral, sob a autoridade do Bispo diocesano, se confia a um pároco, como seu pastor próprio.
Daqui se concluem várias coisas, entre elas que é uma comunidade de fieis com duas características: que pertence a uma igreja particular que é a diocese e que tem a nota de estabilidade correspondente à organização eclesiástica.
Ora sendo assim, essa comunidade de fiéis pode ser constituída por um só aglomerado de pessoas, como acontece nas grandes cidades ou por diversos lugares como é mais comum entre nós. Por exemplo, a nossa paróquia tem 20 aldeias espalhadas por vários sítios e tanto são paroquianos de Ferreira de Aves os que habitam na Quinta das Carvalhas como os que vivem na quinta das Marras; os que residem em Covelo ou em Vila Boa ou os que estão no Castelo, sede da paróquia, onde se encontra a igreja matriz e a residência do pároco.
Todos devemos considerar-nos como membros da mesma comunidade, como se fôssemos uma só família, embora espalhados por várias aldeias e quintas. Somos portanto a família paroquial de Ferreira de Aves e tal como nas famílias, embora um filho se encontre em França, outro na Suíça, outro em Lisboa, etc, isto não significa que não façam parte da mesma família e, embora lá nos países onde se encontram, tenham os seus dias de festa, porque hoje um faz anos, amanhã é outro, etc, lá vem um dia especial em que todos se juntam na casa paterna para celebrar uma grande festa.
Por exemplo: as bodas de ouro dos pais que os criaram ou um almoço festivo quando todos se juntam nas férias e então todos regressam ao lar paterno, ao carinho daqueles pais já alquebrados pelos anos e pelas agruras da vida que os esperam de braços abertos, para todos juntos, em ambiente de alegria, comerem do mesmo pão, beberem do mesmo vinho e contarem vários episódios da vida, tudo num ambiente de paz, amor e alegria.
Ora o que acontece com as famílias, acontece também com a família paroquial. É curioso que, numa das paróquias por onde já passei, fundei um pequeno jornal paroquial que tinha mesmo esse título: “Família Paroquial”.
Pois bem, repito o que já disse: embora o filho que está em Paris ou o que está em Lisboa tenha a sua festa particular porque a mulher faz anos ou o filho fez a primeira comunhão, lá vêm depois as grandes festas quando todos se juntam para celebrar um grande acontecimento ou simplesmente para matarem saudades. Assim é na família paroquial: embora cada povoação tenha a sua festinha particular para celebrar o seu padroeiro, lá vêm os grandes dias em que todos os que puderem, mesmo com um pouco de sacrifício devem acorrer à igreja mãe da paróquia, aquela em que foram baptizados, receberam a primeira comunhão, o santo crisma ou para participarem nas belas e eloquentes cerimónias da grande semana, a Semana Santa ou na festa do S. Sacramento, a maior festa da paróquia ou na do Padroeiro de toda a paróquia o glorioso Apóstolo e mártir S. André ou nas festas da Mãe, a Senhora do Rosário ou dos Remédios, etc. Então todo aquele que se preza de ser bom cristão, deixa tudo e põe os pés a caminho para ir honrar o S. Sacramento, que é Jesus vivo e ressuscitado presente no meio de nós ou para pedir a intercessão da Mãe do Céu ou ir sufragar os seus entes queridos, participando na chamada Festa das Almas”.
Quem assim não pensa, já não digo por maldade, mas por ignorância, anda muito errado e deve informar-se com quem pode esclarecê-lo e tomar outra atitude para honra e glória de Deus e seu bem espiritual.
Em conclusão: onde quer que se encontre um filho de Ferreira de Aves, seja nas Marras ou na Suíça ou em Lisboa não deve esquecer o berço onde nasceu, a sua paróquia onde viveu os grandes momentos cristãos da sua vida passada e onde os esperam de braços abertos os seus familiares e amigos, entre eles o seu pároco.
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Padre Nuno

1 comentário:

Ana Clara disse...

Andas a dizer mal dos padres...Deixa deixa que as bocas do Inferno estão à tua espera :)