sábado

Resposta do Sr Padre Nuno« quem quer festas págas»

É uma resposta um pouco vaga, mas, pelo menos não tem tanta agressividade, como a da anterior resposta à festa de Stª Bárbara 2009, à qual achei muito agressiva para com os paroquianos, pelo tratamento de bêbados, o qual nem sequer me atrevi aqui a publicar.
Esta foi mais ponderada, embora o seu teor, não vá de encontra directamente ao artigo de opinião, refugiando-se um pouco na liturgia, de qualquer forma, penso que qualquer um de nós tem uma opinião formada, tendo sempre o direito a divulga-la ou expressa-la, nunca passando duma opinião.
.............«
Paróquia
Conforme define o cânone 515, parágrafo 1º do Código de Direito Canónico, a paróquia é uma determinada comunidade de fiéis, constituída de modo estável, na igreja particular cujo cuidado pastoral, sob a autoridade do Bispo diocesano, se confia a um pároco, como seu pastor próprio.
Daqui se concluem várias coisas, entre elas que é uma comunidade de fieis com duas características: que pertence a uma igreja particular que é a diocese e que tem a nota de estabilidade correspondente à organização eclesiástica.
Ora sendo assim, essa comunidade de fiéis pode ser constituída por um só aglomerado de pessoas, como acontece nas grandes cidades ou por diversos lugares como é mais comum entre nós. Por exemplo, a nossa paróquia tem 20 aldeias espalhadas por vários sítios e tanto são paroquianos de Ferreira de Aves os que habitam na Quinta das Carvalhas como os que vivem na quinta das Marras; os que residem em Covelo ou em Vila Boa ou os que estão no Castelo, sede da paróquia, onde se encontra a igreja matriz e a residência do pároco.

Lamento Forte e Pensamento Bem Positivo de um Sportinguista

Lamento Forte
e
Pensamento Bem Positivo
de um Sportinguista...


Como Leão,
este ano não festejei o Natal
porque Jesus
 é do Benfica...
Só o farei na Páscoa
quando ele for crucificado!

sexta-feira

Isto está lindo....


E são estes senhores que nos governam e que tratam dos nossos desempregos e das nossas pensões!

quinta-feira

Obras de requalificação do Sátão-Viseu são "vergonhosas"


Obra de alargamento, na estrada do Sátão.
Uma parte da culpa, não será nossa?
Uma vez que somos utentes desta via, teremos feito tudo o que estava ao nosso alcance?
Tentamos pressionar quem de direito e com puder para inverter esta situação? 
Penso que não, como somos um povo de brandos costumes, estamos sempre á espera que alguém faça por nós, o bom, é assistirmos no sofá a estas e outras situações que nos prejudicam e que nos podem custar a vida, pensamos que só acontece aos outros, mas, quando nos bate à porta...
À muito, que vejo  e escrevo, sobre as rodovias do nosso distrito/conselho/freguesia, sou um critico, desejo o melhor para a nossa terra, mas, por vezes parece que cai mal no seio de alguns dos nossos conterrâneos, até parece que estou a pedir algo para mim, acham que a critica nos pode prejudicar, não vejo isso nesse prisma, mas, tento não ser muito directo, mas, ser objectivo.
No fundo, está aqui uma prova de pessoas que pensam como eu.

Transcrevo na integra, artigo do noticias de Viseu.
 

A requalificação da EN229, estrada que liga Viseu a Sátão, está a ser alvo de críticas, pela forma como os trabalhos estão a ser desenvolvidos.
O presidente da Junta de Freguesia de Côta, Joaquim Polónio, criticou a forma como aquela via está a ser requalificada pela Estradas de Portugal, afirmando que estava "à espera de outra coisa".

O que vale um AMIGO!....


O que é um verdadeiro amigo:
 
Disse um soldado ao seu comandante:
-"O meu amigo não voltou do campo de batalha. Meu comandante, solicito autorização para ir buscá-lo."
Respondeu o oficial:
-"Autorização negada!" "Não quero que você arrisque a vida por um homem que, provavelmente, está morto!"


O soldado ignorando a proibição saiu e uma hora mais tarde voltou mortalmente ferido, transportando o cadáver do seu amigo.
O oficial estava furioso:
-"Eu não lhe disse que ele estava morto?!"
-"Diga - me, valia a pena ir até lá para trazer um cadáver?"


E o soldado, moribundo, respondeu:
-"Claro que sim, meu comandante!
Quando o encontrei, ele ainda estava vivo e disse-me:
        - Tinha a certeza que virias!"



"Um amigo é aquele que chega quando todos já se foram."

Penamento do dia


a simplicidade é um tesouro infinito. 
Se não podes ter o que queres,  
contenta-te com o que tens.

terça-feira

Duas Igrejas – Todos os dias do ano uma beleza sem fim


Duas Igrejas e arredores são dignos de serem visitados em todas as estações do ano, por todos aqueles que conhecem e por quem não conhece.



No Inverno, apesar do frio que se faz sentir, este sítio é fantástico. Fazer uma caminhada, devidamente, agasalhados e experimentar o frio que abala o físico é revitalizante para o corpo. Até o vapor que sai das bocas quando falamos, é gracioso por que parecemos umas chaminés ambulantes!
Os cavacos de pinheiro na lareira invadidos pela chama, a estalarem, são como foguetes a animar a festa, dando as boas – vindas àqueles que procuram este meio para se aquecerem.
Apesar das árvores estarem despidas não deixam de ter a sua beldade. Por vezes, a chuva que cai transforma-se em gelo parecendo verdadeiros cristais pendurados nos ramos desfolhados.

O Ribeiro cheio segue o seu percurso até à levada fazendo entoar o movimento das águas límpidas e cristalinas.

Na Primavera há a metamorfose da vida. As árvores nuas do Inverno renovam e enchem-se de belas flores e folhas. Nelas pairam os pássaros à procura de melhor sítio para construir o seu ninho e as abelhas para se alimentarem do pólen para, depois, se subtrair o mais puro mel benéfico para a saúde de quem o saboreia.
A nossa serra fica repleta de cores maravilhosas, desde a carqueja às giestas floridas é uma beleza sem fim. Esta bênção paisagística deslumbram os olhos de quem vê, purifica os pulmões de quem inala tamanho perfume e rejuvenesce a alma de quem assiste! Um bom motivo para olhar para o Alto e agradecer tudo o que a Natureza dá ao homem sem preço e este, por vezes, maltrata-a de uma forma cruel.
Para quem gosta de caminhadas matinais deixo uma sugestão de subir ao monte da Santa Bárbara e assistir ao nascer do Sol que rompe o dia, iluminando assim o vale da Ribeira com os seis raios acolhedores…Uma perfeição sobrenatural! Verdadeira prova de amor! 
 

No Verão temos um evento importantíssimo que é a festa de Nossa Senhora dos Altares que se realiza no dia 15 de Agosto. É tempo de férias e tempo de não se descuidar daquelas sementes que foram lançadas à terra que estão quase prontas a serem arrancadas do solo. As ruas enchem-se de gente que estão fora o ano inteiro.
Um passeio pela serra ou pelas matas de manhã antes de o Sol castigar ou à tardinha quando o Sol teima em se esconder é sempre agradável. Respirar este ar puro sem poluição revigora o aparelho respiratório. Experimentar pisar a terra molhada do orvalho serve como uma boa terapia e o aroma que daí advém é um perfume inigualável. O chilrear dos passarinhos pela manhã são uma verdadeira orquestra sinfónica que não cansa os ouvidos dos ouvintes.
No Outono esvoaçam as folhas amareladas e acastanhadas que caem das árvores, servindo de tapete para quem caminha sobre elas. As videiras seguram os cachos morangueiros e as uvas brancas prontos a serem vindimados ou saciados por bocas apreciadoras deste fruto. Dos castanheiros caem os ouriços semi-abertos para serem britados e para se extraírem as castanhas, a fim de serem degustadas de várias formas.
Um passeio pelas nossas ruas, ruelas e pelas eiras é sempre encantador. Ao observarmos tudo ao nosso redor aquelas misturas de cores outonais parecem verdadeiras telas pintadas por mãos habilidosas.
Em todas as estações do ano a Natureza é sempre radiante, composta de cores tristes e alegres que enchem de prazer a todos que por aqui passam.

 
 Sónia Ferreira

Quem quer festas que as pague!

À coisas a que me mantenho fiel.
Esta crónica, é uma das várias, que escrevo mensalmente para o jornal « Gazeta de Sátão».
Claro, sei que poderá gerar alguma polémica, mas, é a minha opinião somente, não querendo gerar confusão na cabeça de algumas pessoas, o que me parece que poderá acontecer, penso que se formos um pouco sensatos, aceitamos ou não, mas, não passa de uma mera opinião....

Desde há algum tempo que andava para escrever sobre um tema que, devo confessar, tem vindo a provocar-me «estados de alma». Hoje decidi fazê-lo, num assomo de alguma coragem, permita-se-me a imodéstia, deixando desde já claro, sem margem para quaisquer equívocos interpretativos, que a minha opinião aqui expressa, modesta e despretensiosa, não visa ferir sensibilidades mais agudas, mais susceptíveis à questão que abordarei a seguir. Uma questão sobre uma velha tradição que, a meu ver, está desajustada dos tempos que passam.  
Durante os fins-de-semana que passo na nossa aldeia (não tantos como desejava, infelizmente) sou sistematicamente confrontado com peditórios populares para as festas do Castelo, na sede da freguesia. É óbvio que o evento é de acesso livre a todos, os que lá residem e os de fora, mas, sublinho, a festa é «deles». Do meu ponto de vista, trata-se de um abuso a que se deve dizer basta!
Em todas as aldeias e freguesias ocorrem, anualmente, festejos em honra dos respectivos santos padroeiros. Umas de vínculo mais religioso, outras com sinal mais pagão. E cada uma das organizações faz a festa à medida das suas possibilidades, de acordo com o «financiamento» conseguido junto da boa vontade e solidariedade do povo de cada um dos lugares, freguesia ou aldeia.
Lamas, por exemplo, promove ao longo do ano três festas; Vila Ribeira duas; Duas Igrejas uma; Carvalhal duas; Casfreires duas ou três. As restantes aldeias da freguesia, cujo número ultrapassa as duas dezenas, com menor ou maior dificuldade também realizam festejos. A diferença é que nenhuma daquelas organizações recorre ao povo da nossa aldeia, ou das restantes para angariar fundos. Pergunto, então: porquê o Castelo? 
Já manifestei a minha discordância relativa a este comportamento junto de várias pessoas. Constato que o povo tem sobre este assunto opiniões diversas. Os mais velhos, defendem a manutenção do peditório do Castelo na nossa aldeia em «nome da tradição». Os mais novos consideram a acção dos responsáveis da festa do Castelo como uma «aberração».
Não quero apelar ao bairrismo exacerbado nem intensificar divisões. Mas, repito, vai sendo tempo do povo da nossa aldeia, e de todas as outras, deixar de participar financeiramente para as festas do Castelo. Uma solidariedade que é solicitada quatro vezes por ano: Santo André, Senhora do Rosário, Senhora dos Remédios e Festa do Corpo de Deus.
O Castelo tem todo o direito a organizar as festas que entender. Mas se quer «festanças» que as pague, que assuma a responsabilidade dos seus custos, e não as realize, em grande medida, à custa dos outros. Com o dinheiro dos outros tudo é bem mais fácil. Brilhar à sombra do esforço financeiro de outros não me parece de todo justo.
Pessoalmente o meu contributo para as festas do Castelo será… ZERO. Nem mais um «chavo» para os arraiais da sede de freguesia!

Vasco Rodrigues 

segunda-feira

HISTORIA DO LOBO

Desde já um grande apreço pela pessoa que escreveu, a partir de hoje o poeta saiu do anonimato, por isso acabou de revelar o carisma poético que existe dentro de si.
Por outras palavras, estamos à espera que poetas da nossa terra, não guardem o que escrevem na gaveta, sem nunca revelarem a sua veia artística, o meu apreço pela gente que sai do anonimato, mas, que é nossa e nos orgulha muito...
Já não estou sozinho... já não estava, mas, se formos mais... será melhor.

E cada vez seremos mais, basta perdermos a vergonha, para mim é um orgulho muito grande, participar nas coisas que escrevemos e que as pessoas lá longe sentem o bocadinho da sua terra.
Desde já, os meus grandes elogios, à Sónia, todos os textos, são espectaculares, o critico não sou eu, mas, os comentários falam por si.  


Em tempos na minha terra
Que fica perto da serra
Apareceu um grande lobo
Juntou-se a povoação
Todos com um pau na mão
Não ficou ninguém no povo


Então ele aproveitou
Logo ali se instalou
E assumiu o comando
Aqui é que eu estou bem
Não existe aqui ninguém
Agora posso e mando


Começaram a vir mais
Vieram filhos e pais
E trouxeram os avós
Isto era de prever
Começamos a crescer
Quem manda aqui somos nós


Tudo isto aconteceu
O lobo é que venceu
Era forte e tinha poder
Ao povo bem custou
Mas como a gente ganhou
Cá ficamos a viver
Então dai para a frente
Foi sempre uma boa gente
Do mais velho ao mais novo
Isto ja vem do passado
Um povo civilizado
E ser tratado por lobo


Todos tem bom coração
Dão sempre um bocado de pão
Onde virem que à fome
Uma gente muito unida
Amigos de fazer vida
No trabalho ninguém dorme 


Não dizeis mal dos lobos
E não nos trateis de bobos
Porque eu próprio também sou
Nós disto pouco sabemos
Alguma coisa que temos
Foi aquilo que se herdou


Não tem nada de feroz
Isso garanto a voz
Pois não é conversa minha
Ele precisa de viver
Por isso tem que comer
Ovelha ou cabra tenrinha


Tem nome é muito falado
Isto já vem do passado
O povo e eu que o diga
Que só come carne morta
Isso a mim pouco me importa
Também come carne viva


Muitos de vós o sabeis
Espero que acrediteis
No que vos tenho falado
Vieram muitos de fora
Ninguém os mandou embora
Agora é tudo traçado


Nossa terra é Duas Igrejas
Honra-te onde quer que estejas
Ninguém pode dizer mal
Uma aldeia pitoresca
Onde temos agua fresca
Mesmo no fundo do vale



Se um dia por cá passar
Faz favor de procurar
Mesmo no fundo do povo
Pão e vinho sempre temos
David Chaves de Lemos
O tal maldito lobo

David Chaves de Lemos

Amoreira de Óbidos


A algum tempo atrás enquanto visionava este blog, reparei através do link de estatísticas, que por vezes, pessoas da Amoreira de Óbidos, entravam nesta pagina, desde já deixo um grande abraço para essa terra fantástica, onde tenho grandes amizades, terra cheia de personalidades de um coração enorme, onde por vezes me perco no tempo.

Cada vez que entro naquele lugar, o tempo desaparece num instante, quando olhamos o relógio, são horas do regresso, embora quase sempre o regresso seja a altas horas da madrugada.
Não posso de deixar de lembrar, o Zé Pirrão, Zé Pedro, Gentil, o Quim, o Tó, o Amadeu,o Nuno, entre tantos nunca esquecendo o famoso Zé Ivo.

Aqueles ovos mexidos, às quatro da madrugada, em casa do Zé Pedro, ainda hoje sinto uma certa nostalgia, deveríamos repetir.






Aquela malta de 1963,  na Cinderela....






Palavras para quê!!!!


sexta-feira

O meu Coração sofre quando os meus olhos vêem:


v    idosos  nos lares ou em casa esquecidos por aqueles que têm o dever de os acarinhar, de os  tratar de uma forma respeitável e obrigação de retribuir amor, atenção e ajuda.
v    Mesas, exageradamente, fartas de comida e que parte dela têm como destino o lixo. Todavia, por esse mundo fora, existem milhares de barrigas de miséria e corpos desnutridos. Quanta desigualdade…
v    O sentimento de inveja que têm certas pessoas por aquilo que os outros têm ou são. Em vez de ambicionarem o que os outros têm, deveriam esforçar-se e trabalharem honestamente para atingir os seus próprios objectivos. Para aqueles que, infelizmente, têm esta anomalia na personalidade, eis umas dicas: façam terapias, novenas, convertam-se, mas por favor arranquem este pecado capital do vosso coração. Pensem que o sol quando nasce é para todos! Assim serão mais felizes e mais abençoados por Deus.
v    Despejos de lixo grosseiro nas serras, matas, baldios, etc. Quem procede assim está a cometer um crime contra a Mãe Natureza. Existe a reciclagem que transforma esse lixo em outros bens, por isso, em vez de praticar tamanho delito, coloquem esses despejos nos ecopontos correspondentes. A Natureza agradece!
v     Corruptos a ficarem com economias de uma vida de pessoas honestas. Mesmo assim a Justiça pouco ou nada faz contra aqueles insensíveis. Dá vontade de fazer justiça pelas próprias mãos…
v    Gestores com salários exorbitantes que só de ver tantos zeros (à direita) fico com falta de ar…Porém, o salário mínimo nacional é tão reduzido que mal dá para sobreviver. É preciso fazer magia para o dinheiro chegar até ao fim do mês. Que desigualdade brutal…
v    Catástrofes naturais que matam muitos inocentes…
v    Pessoas que têm tudo o que o ser humano deseja na vida (saúde, casa, carro, filhos saudáveis, emprego) e mesmo assim desfazem-se em lamentações. O Mundo tem problemas bem mais graves e sérios do que aqueles que pairam na cabeça dessas pessoas. É fundamental valorizar a agradecer o melhor que a vida nos dá!

Sónia Ferreira

Será por esta razão que somos Lobos?


Em memória dos nossos antepassados que, para mim, são motivo de orgulho, vou relatar uma história verídica que me levou a pensar que seria daí que os habitantes das Duas Igrejas têm a alcunha de Lobos.
Há muitos, muitos anos, houve uma conquista de terras baldias entre o povo de Lamas e de Duas Igrejas. Essa conquista era realizada por grupos de homens, que marcavam o seu território com pedras grandes quadradas denominadas de marcos. O limite das terras das Duas Igrejas era na zona do Vale dos Estojos.
Certo dia, um habitante da nossa aldeia ia realizar as suas tarefas agrícolas para o campo perto da Vinha da Pereira e deparou-se com um grupo de homens de Lamas armados a colocarem aqui os marcos. Estavam, injustamente, a alargar o seu domínio terrestre. Ao ver tal situação o homem veio, de imediato, avisar o Regedor. Este, insatisfeito com o que se estava a suceder reuniu-se com o seu guarda – costas, com mais dois ou três homens e pensaram numa estratégia para impedir que os marcos ficassem na Vinha da Pereira e voltassem para o Vale dos Estojos. A solução para o problema tinha que ser muito bem ponderada, dado que, os de Lamas tinham armas e estes apenas tinham corpos robustos e braços cheios de força.
Numa noite escura lá foram estes homens, cada um levava dois ferros grandes (daqueles que se usam para arrastar as pedras) um em cada mão e na boca vários cigarros acesos. O objectivo disto era, nas trevas da noite, convencer o adversário de que se avizinhava um grande número de homens fortes e destemidos. O ruído dos ferros a arrastar pelas pedras do caminho, no silêncio da noite, e os diversos cigarros acesos nas bocas daqueles corajosos, conseguiram persuadir o inimigo de que se aproximava um batalhão. Do outro lado, os indivíduos que guardavam os marcos ao escutarem tamanho barulho e ao verem tantas luzinhas minúsculas acesas no escuro fugiram com medo, deixando assim o território livre. Os nossos conterrâneos conseguiram deslocar os marcos até ao Vale dos Estojos, sem haver mortes nem feridos. No dia seguinte, veio o Tabelião fazer o registo das terras de acordo com os marcos. Os nossos antepassados venceram esta batalha!
Em suma, estas pessoas foram muito inteligentes, corajosas, perspicazes e determinadas na luta pela terra. Talvez por esta razão que os habitantes das duas Igrejas são chamados de lobos, uma vez que este animal é também muito inteligente, corajoso, tem os sentidos muito apurados e conhece bem o território.

Sónia Ferreira

Este gajo é um espetaculo


Hugo Chávez acusa EUA de provocar sismo no Haiti 

 

O presidente venezuelano diz que o sismo que devastou o Haiti foi causado pelo teste de uma arma da Marinha norte-americana. 

 Com base num relatório preparado pela Frota Russa do Norte, o governo venezuelano afirma que "o sismo do Haiti foi um claro resultado de um teste da Marinha americana" com "uma das suas armas de (provocar) terramotos".

Estas mães ...


A filha perguntou à sua mãe:
- "Mamã, como é que se criou a raça humana?"
A mãe respondeu:

- "Deus criou Adão e Eva e eles tiveram filhos, netos, bisnetos e assim se foi formando a raça humana". 
Dois dias depois, a menina fez a mesma pergunta ao pai. E o pai respondeu: 
- "Há muitos anos existiram macacos que foram evoluindo até chegarem aos seres humanos que vês hoje".
A filha toda confundida foi ter com a mãe e disse-lhe:
 
 
- "Mamã, como é possível que tu digas que a raça humana foi criada por Deus e o Papá diga que a raça humana resultou da evolução a partir dos macacos?" 
A Mãe, depois de pensar um pouco, respondeu:
- "Olha, minha querida filha, é muito simples. Eu falei-te da minha família e o teu pai falou da dele!
"

quinta-feira

Sáo neste meu País... só vígaros

Bendita crise que ainda cria bons empregos!!!


Mais uma golpada, neste governo.

J.V.Vasconcelos, presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem, poucos devem saber para que serve. Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores. Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregador, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios.
Porém, com o senhor Vasconcelos não foi assim. Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês - ou seja, 2.400 contos - durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego. Aqui, quem me ouve ou lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo: «Mas você não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?» E eu respondo: «Pois disse. Ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!».
E você volta a questionar-me: «Então, porque fica o homem a receber os tais 2.400 contos por mês, durante dois anos? Qual é, neste país, o trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?».
Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE forem mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público não se aplica. Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. Com a bênção avalizadora, é claro, dos nossos excelsos governantes.Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis. Trata-se, em suma, de um desenfreado, abusivo e desavergonhado abocanhar do erário público.
Mas voltemos à nossa história. O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo. 18 mil euros seriam mais de 3.600 contos, ou seja, mais de 120 contos por dia, sem incluir os subsídios de férias e Natal e ajudas
de custo. Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE?
A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o sector energético. E pergunta você, que não é burro: «Mas para fazer cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?».  Até quando o povo português, cumprindo o seu papel de pachorrento bovino, aguentará tão pesada canga? E tão descarado gozo?


UMA VIGARICE NACIONAL ENCAPUÇADA E ESTAMOS NÓS A SUSTENTAR ESTES CHULOS... 

....ESTE NÃO É O MEU PAÍS.....

Vasco Rodrigues

As delicias do Beirão

Este manjar, são os bifes dos pobres.



Deliciosos a comer e a procurá-los pelos montes são um manjar , vêm com as primeiras chuvas de Outono , embora nem sempre se encontrem para desconsolo de quem os procura.
Há muitos anos que não embarco nesta saudável aventura, na procura dos “míscaros ou sanchas”. Andamos muito, e a maior parte das vezes, não encontrarmos nenhum, mas, só aquela a sensação de andar pelas matas à procura dos `”tortulhos ou chapeleiros e das sanchas”, esgaravatar o terreno, sentir o cheiro da terra molhada, é fantástico, são horas e horas de uma aventura inesquecível, que mais faz recordar a nossa adolescência!
Andar no meio dos pinhais, é uma sensação única, o mato abundante, com a falta de limpeza, lá andamos devagar.

Após algumas horas, lá vamos procurando a saída daquele emaranhado de tojos, carquejas, giestas e pinheiros, perdendo o cheiro autêntico e tão característico do mato quente e abafado. Ficando para traz aquela sensação de revolta ao ver o matagal poluído por latas, pneus e plásticos, por ali propositadamente abandonados, poluindo esse nosso património tão rico.
Subindo a povoação, junto as tanques, no sentido dos Corgos, vê-se essa pobre miséria, toda a lixeirada ali exposta ao longo do caminho, sinto pena, mas, é o fruto desta aventura que serve para meditar sobre aquilo que nos rodeava, enquanto, no silêncio, caminhamos mata fora.

Vasco Rodrigues

O regresso às origens


Após trinta anos no Algarve, o regresso de vez às origens, à sua terra natal.

Parabéns pela coragem... Mário e Paixão


O meu Clube já foi na taça


Tou triste, porque o Porto hoje para os quartos-de-final da Taça de Portugal venceu o meu clube o Belenenses  nas grandes penalidades (10-9) após um resultado de 2-2 no final do tempo regulamentar.
Não merecia, o Belenenses foi um gigante. pena....

De caras.....


Nem todos os candidatos ao emprego, têm o talento desta mulher...

quarta-feira

Bem, parecem boas noticias


Portugueses vão poder votar em qualquer ponto do país
O Governo quer avançar nesta legislatura com o voto em mobilidade, possibilitando aos cidadãos votar em qualquer ponto do país, independentemente do local de recenseamento,

terça-feira

Orgulho Nacional



O navio-escola “Sagres” parte hoje de Lisboa para uma viagem à volta do mundo, a terceira da história deste veleiro português.
Durante 11 meses, o navio vai passar por 27 portos, de Ocidente ao Oriente, passando por países como o Brasil e Timor-Leste. Os objectivos desta viagem são a formação dos alunos da Escola Naval e a promoção da imagem de Portugal no mundo.
O navio larga de Lisboa com uma guarnição de 203 elementos, 63 dos quais são cadetes da Escola Naval. Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Equador, México, Estados Unidos da América, Japão, China (incluindo Macau), Indonésia, Timor-Leste, Singapura, Tailândia, Malásia, União Indiana, Egipto e Argélia são as paragens previstas.
Ao longo do percurso, o “Sagres” participa em vários eventos, como o Encontro e Regata Internacional de Grandes Veleiros – Velas Sudamérica 2010, as Comemorações do Dia de Portugal em S. Diego, as Cerimónias Comemorativas do Tratado de Paz, Amizade e Comércio entre Portugal e o Japão e a EXPO Xangai 2010.
As últimas viagens à volta do mundo deste navio-escola ocorreram em 1978/79 e em 1983/84.

A D. Aurora, o Padre e o preservativo.


A D. Aurora, organista numa igreja, tem 80 anos e é solteira.
Era admirada por todos pela sua simpatia e doçura.
Uma tarde, convidou o novo padre da Igreja para ir lanchar a sua casa e ele ficou sentado no sofá, enquanto ela foi preparar um chá.
Olhando para cima do órgão, o jovem padre reparou numa jarra de vidro com água e, lá dentro, boiava um preservativo.
Quando a D. Beatriz voltou com o chá e as torradas, o padre não resistiu a tirar a sua curiosidade perguntando o porquê de tal decoração em cima do órgão.
E responde ela apontando para a jarra: 'Ah! refere-se a isto?
Maravilhoso, não é? Há uns meses atrás, ia eu a passear pelo parque, quando encontrei este pacotinho no chão.
As indicações diziam para colocar no órgão, manter húmido e que, assim, ficava prevenida contra todas as doenças. E sabe uma coisa?

Este Inverno ainda não me constipei.

Pelas estradas da freguesia


 Pegando no tema nomeadamente a variante do Sátão - Viseu, e a construção da auto-estrada entre Viseu e Coimbra (em alternativa ao IP3), qualquer deles, é de importância vital para o nosso conselho, além de ser um dos muitos utilizadores permanente destas duas espécies de estradas, vejo desde à muitos anos, as más condições dessas vias, é mesmo muito preocupante os perigos que elas nos oferecem, essencialmente a IP3, também pelo trafico enorme que ostenta diariamente, já Viseu – Sátão, está uma vergonha Nacional, falou-se em tempos numa via rápida com duas faixas, mas, foi só campanha eleitoralista, tenho viajado muito pelo nosso Portugal, só mesmo aqui, neste conselho que eu amo, é que vemos destas maldições, será que merecemos isto? Será de somos doutro país? Ou será que somos filhos dum Deus menor! É com grande mágoa que me custa dizer, somos um conselho dos mais atrasados do país, custa dizer mas é uma realidade, em matérias de estradas, não sei se encontraremos pior.
Troço entre Lamas – Duas Igrejas, estrada com bastante trânsito, uma vez que todo tráfego do Vale da Ribeira é por ali iniciado, atravessando quase toda a freguesia, será que nem mesmo passando algumas vezes ao dia o autocarro, não dará para perceber o perigo em que se encontra aquela maldita estrada? Será que as pessoas que ali passam várias vezes por dia, ainda não se aperceberam dos perigos que correm? Será que é preciso morrer ali mais pessoas, para se pressentir aquele caminho de vacas, mas, que passam por lá dezenas de carros por dia, está em muito mau estado, o seu piso não é reparado à mais de trinta anos, ainda é o primeiro alcatrão ali inserido, esta cheio de buracos e é muito estreito.
Troço entre Casfreires – Vila Nova de Paiva, outra aberração, perece que são dois países diferentes na sua junção, é uma via que também é utilizada com muita frequência, por dezenas de carros, meus Deus, não sei mesmo como ainda não morreu ali alguém, o perigo que ela nos oferece, no trajecto Vila Nova – Casfreires, logo a partir do cruzamento para a Orca, no sentido descendente, que perigo, será que ainda ninguém viu isto? Terá que haver vítimas mortais, para que os responsáveis reparem na "urgência" da sua alteração, ou estão à espera duma notícia com a ocorrência de um acidente que fez alguma vítima mortal?
Estranho o silêncio, daquela boa gente de Casfreires…


Vasco Rodrigues

Fernando Ruas ao ataque



Para Fernando Ruas, afinal, não está nada decidido. "Falei com o ministro sobre vários assuntos pendentes, nomeadamente a variante do Sátão e o IC37, e até admito que não esteja dentro do assunto. Quanto à ferrovia, já estranho o seu desconhecimento, até porque já esteve em reuniões sobre esta matéria, nomeadamente com o ministro espanhol", disse o autarca.
Em Novembro do ano passado, foi anunciado pela RAVE (Rede Ferroviária de Alta Velocidade) ter recebido onze propostas para a realização do Estudo Prévio e do Estudo de Impacte Ambiental, incluindo os trabalhos de geologia e geotecnia, do troço Aveiro-Celorico da Beira (Lote 4A) do Eixo Ferroviário de Alta Velocidade entre Aveiro-Viseu-Salamanca, cujo concurso havia sido lançado, pelo Governo, a 27 de Agosto. "Houve quem anunciasse isto com pompa e circunstância, mas afinal parece que pouco se sabe", concluiu o autarca social-democrata.
No encontro com o Ministro, Fernando Ruas apresentou os dossiês que diz estarem "pendentes" com a tutela, nomeadamente a variante do Sátão, o IC37 e a construção da auto-estrada entre Viseu e Coimbra (em alternativa ao IP3). "Sobre este último ponto, deixei a indicação de que gostaria de saber quando é que a obra será adjudicada", lembrando a sua "urgência", numa altura em que o IP3 voltou a ser notícia com a ocorrência de um acidente que fez uma vítima mortal. "Quanto aos restantes assuntos, ficou decidido de que a Câmara vai fazer um inventário e enviar todas as informações, para a tutela dar encaminhamento", explicou Fernando Ruas.


Fonte viseu mais.

Mulheres de Ferreira D’aves no seu melhor


Oração...
Que a água do mar vire a cerveja e os homens um salgadinho, que a fonte nunca seque, e que a nossa sogra nunca se chame Esperança, porque Esperança é a última que morre… Que os nossos homens nunca morram viúvos, e que nossos filhos tenham pais ricos e mães lindas! Que Deus abençoe os homens bonitos, e os feios se tiver tempo... Deus… Eu vos peço, sabedoria para entender um homem, amor para perdoá-lo e paciência pelos seus actos, porque Deus, se eu pedir força, eu dou-lhe tantas até matá-lo, mas, um brinde... Aos que temos, aos que tivemos e aos que teremos. Um brinde também aos namorados que nos conquistaram, aos trouxas que nos perderam e aos sortudos que ainda vão nos conhecer! Que sempre sobre, que nunca nos falte, e que a gente dê conta de todos! Amém.
 
P.S.: Homens são como um bom vinho. Todos começam como uvas, e é dever da mulher pisá-los e mantê-los ao escuro até que amadureçam e se tornem uma boa companhia para o jantar.


Uma anónima de Ferreira d'aves

sábado

Casa Grande de Casfreires



É um ex-líbris da nossa freguesia que muito nos orgulha, um monumento histórico, fazendo parte do nosso grande património, esse mesmo monumento concedeu o nome que hoje a aldeia ostenta, já que a denominação original deste solar era «Casa de Freires», pertencente ao rei Dom Dinis que era seu senhorio, não se conhece a data exacta de construção do convento de outrora, mas, Frei Joaquim de Santa Rosa Viterbo no "Elucidário", refere que os Cavaleiros da Ordem do Hospital "Malta" ainda aqui residiam no reinado de Don Dinis. 
Sabe-se que foi construído por volta de 1740 e em 1753 novas obras de remodelação anexam-se ao antigo convento. São realizadas obras em 1864 que remodelam a antiga cozinha dos frades, desde então até à data vão-se verificam novas reparações, mas, nunca descoroando o traçado original. Tem passado de geração em geração, está há cerca 300 anos na mesma família, esta velha casa tipicamente portuguesa está decorada com a marca distintiva da sua época áurea: porta principal encimada por pedra d'armas, objectos de decoração marcam este solar beirão, que logrou manter toda a sua autenticidade, possui uma beleza ímpar, tanto no asseio interior como nos arranjos exteriores. 

Visível no centro da aldeia, a par da antiga capela de Santa Ana padroeira da aldeia, hoje transformado em turismo rural, visitada por muitos turistas estrangeiros, que tornam esta aldeia num lugar de singular rusticidade , inserida no lindo Vale da Ribeira, repleta de gentes do campo humildes mas fantásticas.
Um lugar a visitar por gentes do nosso conselho, quase arriscaria que 80% das pessoas da freguesia nunca visitaram esta nossa pérola,  de uma beleza extraordinária, aconselho vivamente a visitar vivendo a cultura de séculos atrás.


Vasco Rodrigues

Preservação dos Moinhos de Água do Conselho



A Preservação de alguns moinhos de água, tem como objectivo de serem preservadas as memórias colectivas do nosso conselho.
Este património, ficará sempre nas nossas memórias e à disposição de todos os que nos visitarem, para que possam sempre integrar os circuitos turísticos do Concelho.
Ao longo das margens dos nossos ribeiros, encontram-se em ruínas vários equipamentos, que outrora foram moinhos de água, símbolos de uma economia de subsistência que perdurou, na nossa região, até às décadas de 60/70 .

É importante a sua preservação, foi um marco elementar e cultural que preencheu e humanizou nosso concelho, durante anos as margens dos principais ribeiros e do rio Vouga, foi um dos mais importantes instrumentos na nossa subsistência e num período de fraca circulação monetária, onde o pagamento pela moagem dos cereais era feito com uma percentagem da farinha obtida, quantidade que normalmente oscilava entre os 5 e 10%, mas, nós tínhamos alguns moinhos, que eram do povo, isso ajudou-nos nessa subsistência que ao longo dos tempos nos foi muito útil nas nossas poupanças.
Para o nosso conselho, os moinhos em actividade evidenciavam uma certa importância económica na economia desse período, mais concretamente neste meio rural, já que as cidades devido ao desenvolvimento, construíram-se grandes fábricas de moagem e superando o papel desempenhado pelos moinhos de água.

A ocupação romana, teve um papel muito importante nessa actividade, uma vez que lhes coube a eles, toda a mecanização e desenvolvimento estrutural e desempenho da actividade, por variadíssimas razões, chegamos á conclusão que o moinho era um importante pilar da economia de subsistência, quer da nossa região, quer do país.
Associado ao moinho, estará sempre o moleiro, que, podia ser o proprietário ou então seu trabalhador, executando essas tarefas para o proprietário do moinho, que era um senhor no meio rural.
Recordo isto com alguma nostalgia, vários agricultores que transportavam para o moinho em sacas o milho e o centeio, fruto da sua colheita do ano, transporte esse em carros puxados por juntas de vacas.
Sinto saudades daqueles momentos ao escurecer, de inverno com a geada bem visível e um frio de rachar, em que o destino era passar a noite naquele moinho, dormitar por lá num canto, com o meu Tio Zé Caiado, tanto nas Marras, como no Carquejal e porque a farinha não podia subir até em cima, junto da mó, durante a noite, por várias vezes enchíamos o saco daquele pozinho branco, do qual se amassava o pão-nosso de cada dia, para aquela broa de milho, ou as papas de relão. Sinto saudades do som do braço que deslizava em cima da mó, com a trepidação fazia com que os grãozinhos de milho e centeio, caíssem dentro daquela roda enorme e muito pesada de pedra, empurrada pelas correntes da água, que deslizava em cima dos cereais, fazendo saltar cá para fora farinha ainda quente.
Eram noites sem dormir, passada com frio, mas, noites que hoje se tornam em pura nostalgia, dói, quando passo lá em frente e vejo aqueles engenhos destruídos pelo tempo, sem que lhes podemos dar nova vida fazendo-os renascer.
Hoje, pretendo apelar à Junta de Freguesia e Câmara Municipal do nosso Conselho, à recuperação desses espaços, oferecendo à população também o reviver de outrora em que o Moinho de Água conheceu, mostrando aos nossos netos e outras gerações seguintes também essas vivências.
Sinto pena, porque eu vivi isso durante alguns anos.

Vasco Rodrigues

Todos temos direito à indignação

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Após ponderada reflexão e aparte de todas as polémicas ...
as nossas opiniões, valem o que valem, estamos num país livre e temos o direito a exprimirmos a nossa opinião, desde que não ofendemos seja quem for, por isso dou sempre a cara não me escondo.
Vasco Rodrigues

quinta-feira

O nosso património


Dotado de abundante riqueza de recursos naturais, o território abrangido, na actualidade, pelo concelho de Sátão exibe inúmeros testemunhos arqueológicos da passagem e fixação de comunidades humanas ao longo dos tempos. São disso bons exemplos os monumentos megalíticos, sobretudo funerários, identificados até ao momento no seu termo, bem como estruturas de outras tipologias arqueológicas características de Idades e períodos subsequentes, como nos casos de povoados fortificados de altura das Idades do Bronze e do Ferro, e de villas romanas. Vários séculos se passaram, até que os mouros ocuparam, aqui, os lugares mais importantes do ponto de vista da estratégia militar, originando a reconquista da Beira, realizada num espaço relativamente curto de tempo, em pouco mais de meio ano.
É neste contexto que devemos entender a concessão, no início do século XII, por parte de D. Teresa (1092-1130), e na menoridade de D. Afonso Henriques (1109-1185), do foral a Ferreira de Aves, como forma de povoar a região, tornando-se primeiro proprietário do seu senhorio Paio Fernandes Pires, conquanto, em meados da mesma centúria, metade da Vila pertencesse à Ordem dos Templários. Entretanto, no início do segundo quartel de trezentos, refere-se a presença de D. Lopo Fernandes Pacheco, valido do Reino e uma das personalidades mais destacadas do país, no Paço de Ferreira. Os bens foram, contudo, confiscados em 1385, devido à aliança castelhana de João Fernandes Pacheco, tornando-se, então, senhor de Ferreira o cavaleiro Rui Vasques Coutinho, até que, em meados de quatrocentos, D. Afonso V (1432-1481) doou o senhorio a Martim Afonso de Melo.
Quanto à “Torre de Ferreira de Aves” – ou do Paço de Lamas -, trata-se de uma robusta construção granítica desenvolvida em dois pisos, de carácter essencialmente defensivo, na sua origem, ou seja, entre finais do século XIII, inícios do XIV. De planta quadrada, a torre mede cerca de nove metros de altura, sendo rasgada por esguias frestas góticas geminadas nas suas quatro fachadas, tendo sido primitivamente coroada com merlões, hoje desaparecidos, à semelhança do fosso inundável.
Transpondo-se o portal de estilo gótico, com arco quebrado, formado por seis aduelas, assente em impostas lisas com arestas cortadas e enobrecidas com esferas, acede-se a um pátio fechado pelas antigas dependências agrícolas, assim como ao interior da torre, com uma única divisão no primeiro registo e duas no segundo, interligadas por escada e cobertas por tecto de madeira.