Podemos afirmá-lo: o discurso de tomada de posse para o segundo mandato em Belém, Cavaco Silva fez talvez o discurso mais duro da História das tomadas de posse de todos os presidentes da História da democracia. Num momento difícil para o país, com uma situação económica e financeira gravíssima, Cavaco apontou a arma em todos os sentidos: desde o custo astronómico da dívida pública, as dúvidas sobre as grandes obras públicas, crescimento económico, o flagelo do desemprego e os jovens, esses, precários, sem eira nem alma. Este é, seguramente, um discurso que vai dar que falar nos próximos dias e que fica inscrito na História dos discursos mais duros da História de Portugal.
Ficam apenas algumas frases:
«Os portugueses não são uma estatística abstracta».
«Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos». Cavaco.
«O financiamento do Estado continua a ser feito a taxas anormalmente elevadas»
«Jovens, ajudem o vosso país. Façam ouvir a vossa voz. Mostrem às outras gerações que não se resignam. Sonhem mais alto».
«É imperativo melhorar a qualidade das políticas públicas»
«Não podemos correr o risco de optar por políticas públicas baseadas no instinto»
Sem comentários:
Enviar um comentário