Fogos geram pânico de norte a sul
O País viveu ontem o pior dia do ano no mapa dos incêndios, com mais de 300 fogos. De norte a sul, milhares de bombeiros não tiveram mãos a medir para tentar salvar as habitações em perigo e a floresta portuguesa. Ontem à noite, 17 incêndios, que mobilizavam perto de 700 bombeiros, ainda estavam por controlar nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Viseu e Setúbal.
INCÊNDIOS EM SIMULTÂNEO CERCAM CIDADE DE VISEUA fúria das chamas não deu descanso aos bombeiros do distrito de Viseu, que ontem à tarde tiveram de combater, pelo menos, seis incêndios de grande dimensão, quase em simultâneo. Um dos mais graves deflagrou às 14h33, em Vila Chã de Sá (Viseu) e alastrou ao concelho de Tondela, ameaçando a povoação de Parada de Gonta e provocando ferimentos em dois bombeiros. A proximidade do fogo deixou os moradores em pânico e pelo menos um precisou de ser transportado ao hospital para receber assistência médica. Ao início da noite, o incêndio lavrava descontrolado, apesar dos 176 bombeiros e 50 veículos mobilizados para o teatro de operações. As previsões mais optimistas apontavam para que as chamas ficassem dominadas de madrugada.
O dia de ontem foi um dos mais complicados do ano para o distrito de Viseu, desde que começou a época de fogos florestais. Ao redor da cidade, num raio de 10 quilómetros, chegaram a estar activos seis grandes incêndios, ao mesmo tempo. Um deles, consumiu uma vasta área de pinhal na Serra do Crasto, freguesia de Orgens, e obrigou ao corte da circulação rodoviária na A25, nos dois sentidos, entre o nó de acesso à A24 e o nó de Pascoal. Na região Centro, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) registou ainda dois outros incêndios que exigiram maior concentração de meios. Foi o caso de um fogo em Brejoeira, concelho de Coruche, onde os bombeiros precisaram de atenção especial para proteger das chamas algumas casas da localidade de Carapuções. Na Lousã, distrito de Coimbra, um incêndio em mato, foi combatido por 53 homens.
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