quinta-feira

Mas que grande Domingo de Pascoa!


È verdade, como à muitos anos, não passava um domingo de Páscoa assim.
Este ano, o almoço familiar e com a visita do Embaixador da Republica Dominicana, foi em casa do Armando, uma vitela assada no forno à moda de Lafões, regada com um bom vinho estrangeiro, um Rioga, Flores (espanhol), claro oferta do Osvaldo, e de boa qualidade, terminado o repasto, foi penosa a esperada Visita Pascal a esta casa, é que durante a espera, sentados e banhados pelo lindo dia soalheiro, tivemos que despejar, duas garrafas de bom vinho do porto, relíquias que o Armando tardava em desfazer-se, mas como havia um embaixador na casa!... lá teve que ser.
A dita Pascoa, começou aqui, foi uma correria de casa em casa dos familiares e amigos, para beijar o Nosso Senhor na cruz.
Terminada a visita pascal, mais uma vez efectuada pelos escuteiros, tradição que se vai mantendo, começou a grande visita da Amizade, diga-se da grande amizade, isto sim é de preservar, porque a visita de Pascoa deve ser de todos nós, e para todos nós, momentos únicos de fraterna amizade e convívio, estes, foram momentos de difícil esquecimento.
Um grande grupo de amigos, homens e mulheres, foram fazendo a sua visita da Amizade de casa em casa, comendo e bebendo, até altas horas da manhã, sempre abrindo e bebendo os melhores vinhos que se tinham em cada casa e esvaziando aquelas mesas cheias de coisas boas, fomos reis por um dia.
As coisas, não começaram da maneira, o Zé da Dores, após alguma discordância, entendeu não ir à minha casa porque eu não fui à dele na visita Pascal, mas, como este ano havia dois grupos de escuteiros, foi mais difícil de controlar a visita Pascal, após umas conversitas, estava tudo sanado e desfeito o-mal-entendido, convém, também referir que o grande culpado, foi o Manel da Capela, claro que em casa dele todos os anos, os familiares são aí retidos para beberem mais um copo, claro que quando a visita chega à nossa terra, deveria começar em casa do Manel da Dores e do Elias, já não começa, como foi o caso deste ano, o dono da casa ainda não tinha chegado para abrir a porta, estava só eu, dai, o grande descontrolo da visita Pascal, ter de se começar por outro lado da aldeia, daí, após terminada esta azafama de tudo isso, aí começou a farra de puro prazer, bebemos comemos e divertimo-nos como nunca, falo de nós os mais crescidos e menos jovens.
Acho que começamos em minha casa, mas, após passarmos pela casa do meu padrinho e reinaugurar a mesa nova das farras, com muito vinho, a vítima seguinte foi o Elias e já que estávamos por ali, mesmo a porta ao lado, seguiu-se o Zé da Dores, após isso, o meu tio Joaquim, seguimos para casa do Mário e lá ficou para o fim o querido Manel da Capela, como era longe e chegamos desgastados, comemos e bebemos que nem uns desalmados, ainda bem que a mesa estava cheia, acho que levou um bom desbaste, já altas horas e bem quentinhos, regressámos à terra que nos viu nascer, para uma boa noite de dor de cabeça, ou melhor com a cama às voltas, o vinho até era de boa qualidade, só que foi muito….
…. Já me esquecia… senti alguma saudade e falta do Osvaldo, uma autentica fera nestas farras, pena estar ausente da terra.
VR

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