sábado
Gente caricata
Na taverna da minha terra
À noite, a conversa e criticas ao então governo do Salazar, eram lá na tasca, sempre com algum medo que aparecesse um bufo da PIDE. As poucas notícias que chegavam por lá, eram só o que se ouvia pela rádio, jornais não havia, depois do fim do dia de trabalho sempre se aproveitava e se bebia um copo de vinho na tasca da Filomena e se punha a escrita em dia, até tarde por vezes. De quando em vez lá vinha a mulher arrastar o seu homem para casa, chamando-lhe alguns nomes apropriados à ocasião (seu bêbado)..... não era que o vinho fosse de má qualidade, mas a quantidade era um pouco exagerada.
quarta-feira
bicke tour 2008 Travessia da Ponte Vasco da Gama
Estivemos lá representados.
Belo domingo, manhã soalheira, a equipa das Duas Igrejas apresentou-se pelas 7,30 em pleno terminal da expo-98, onde iriamos ser conduzidos de autocarro para o ponto de partida bicke tour 2008, alguns ciclistas mal tinham dormido: digo eu,... mas a festa correu numa toada muito lenta, como mostram algumas fotos, os 45. mil ciclistas mal se podiam por em cima do moxibombo andande diga-se " made in china" daí a boa qualidade de 30% da bicks não chegarem ao fim da prova.
A equipa cá da terra, terminara provávelmente nos 20.mil primeiros.... boa classificação.
Voltaremos para o ano se Deus quiser.
Humor " nos lençois "
A nossa Cultura
Um hino à nossa Cultura
Coisas caricatas da nossa terra
Genta da terra em Castelo Branco
Jantar às 3 da madrugada 2002
Penso que andará pelos anos 2002, em pleno verão, depois de um dia de grande folia vivido com muita intensidade, juntamos os dois internacionais que nos visitaram amigos do Ricardo, O Brasileiro Rodrigo, o Luso Alemão Saxa, entre outros, em homenagem ao grande Deus do Baco "o vinho Portugues" jorrou pelas nossas gargantas em plena noite de folia , na grande mansão do Grande Fausto Caiado, que embora ausente na Cidade Maravilhosa do Rio de Janeiro, estava bem representado "O grande camarada e Amigo Ricardo Caiado" o filho.
Foi uma noite enesquecivel, como quase todas quando o reencontro acontece nas Duas Igrejas.
Velhos tempos
Num jantar na cinderela com os jornalistas por perto
Já lá vão uns anitos, numa fase em que nós um grupo de amigos, que dávamos o nome, de
PURUS VINICUS, juntávamo-nos em redor de uma mesa, e provávamos do melhor que se
fazia em vinho no nosso Portugal
(Onde se reconhecem (das Duas IgrejasVasco Caiado, Rogério Sebastião, Armando Ferreira, Nelo,Vasco rodrigues obviamente) ainda o Dr João Carvalho do Outeiro Ferreira de Aves, entre outros.
VR
sábado
Nossa Senhora dos Altares 2008
Este ano a festa foi mesmo de arromba,
Os nossos emigrantes trazem a saudade no seu coração. Saudade da sua terra, saudade das suas gentes, saudade das suas festas.
Percorrem milhares de km para voltarem à terra que os viu nascer, o abraçar aos seus pais velhinhos, percorrer as ruas da sua infância, o reencontro com a sua casa da aldeia.
Ver correr a água cristalina da fonte no tanque das lavadeiras da aldeia.
Ver a casa dos seus sonhos, erguer-se pintadinha de branco, um belo jardim, contrastando com as construções antigas de pedra sobre pedra, com uma lareira a um canto onde ali, no pote, se coziam as batatas, as cenouras, os nabos e como sabia tão bem aquele cheirinho. A carne no fumeiro, os chouriços, os presuntos pendurados na trave da velha casa.
Já não há cheiros como os da nossa infância, a terra molhada, da terra lavrada.
O carrão a fazer inveja junto da vizinhança e amigos de infância, sabem os deuses, quantos sacrifícios, quantas horas de trabalho, mas ali está ele para justificar o abandono da terra que o viu nascer, o dinheiro curto e sonhos não concretizados.
Ontem deram o salto para terras de França. Depois outros países os receberam. Hoje, nesses países, deixaram descendência. Os filhos que só vêm à terra dos seus pais porque eles os trazem até que um dia ficam por lá pois esta terra já não é a sua.
Todos os anos os nossos emigrantes regressam e, a sua terra, a sua aldeia está pronta para os receberem. Neste mês de Agosto as festas são uma constante, assim, em todas as aldeias, ali no largo, perto da igreja, mesmo em frente ao clube tudo fica engalanado, a música puxa para dar um pé de dança e é vê-los bailar juntamente com o povo que ainda teima em manter se por cá, a música que o povo gosta, até altas horas da madrugada.
A procissão sai, os anjinhos de braços abertos pedem aos céus que no próximo ano de novo volte a haver... Festa na Aldeia.
sexta-feira
O Vale da Ribeira
A matança do porco
No dia da matança do porco era uma alegria para nós, putos da aldeia, tudo começava bem cedo, de madrugada, lançava-se um laço ao focinho do porco, coitado era vê-lo sofrer! Amarrava-se o porco ao touco do carro das vacas, os homens seguravam nas patas e o matador encarregava-se de lhe espetar a faca no pescoço até sair o sangue todo, o qual caía para um alguidar, em que uma mulher ia sempre mexendo, para não coalhar. Esse sangue, era aproveitado para fazer morcelas, sarrabulho e também juntava-se a batatas cozidas do dia anterior, na frigideira, com sal azeite e alho, que prato…
Depois do porco já morto, tínhamos de lhe queimar todos os pêlos, espalhávamos-lhe uma faixa de palha por cima dele, lançávamos-lhe o fogo até queimar toda a pelagem, depois dessa operação era-lhe tirada toda a sujidade do corpo, lavá-lo, muito bem, esfregado com água e raspando com pedras, até sair toda a sujidade provocada pela queima, um valente banho.
Depois vinha a melhor parte, o petisco, o porco era pendurado para secar (dizia-se), era-lhe retirado uma parte da barriga, o fígado, todos os intestinos, (as tripas) que, por sua vez, de seguida tinham de ser lavados no ribeiro, para fazer os enchidos (chouriços), com a barriga e o fígado, tudo cortado aos bocados, fazia-se uma fritada na banha de porco do ano anterior, acompanhado com pão de milho e um tintinho, que petisco.
Dois dias depois, vinham os torresmos ao jantar, à tarde desmanchava-se o porco, com algumas aparas e boa carne, fazia-se um arroz de miudezas, carne frita com batatas cozidas, um jantar para toda a família… delicioso! Presuntos para um lado, pás para o outro, tiravam-se os lombos para os salpicões, um tacho com carne em vinha-d’alhos e faziam-se os enchidos, que se penduravam à volta da cozinha para ‘fumarem’ os presuntos, e o resto da carne ia para a salgadeira, uma tradição que teima em desaparecer, essencialmente pelos mais idosos.
Hoje menos, é verdade, fruto das contingências da vida moderna, imposições e regras vindas da Europa, tendem a submergir e a desagregar a acção identitária comunitária. Ainda resistimos, sabe-se lá por quanto tempo. E a matança do porco como espaço social faz parte da nossa riqueza patrimonial.
As casas da minha aldeia
De Consciência
Todos ganhamos experiências ao longo da nossa vida, que nos fazem crescer enquanto pessoas, ganhamos maturidade, criamos novas expectativas, sonhamos com novos horizontes, por vezes esperam-nos desilusões e tristezas.
Somos cada vez mais exigentes connosco, somos espectadores em relação a tudo o que nos rodeia, sem dúvida, faz parte do crescimento pessoal de todos nós. Ao mesmo tempo, enchemo-nos de contradições e de desmotivações, mas as emoções que nos rodeiam, são mais fortes, às que juntamos à nossa volta, por vezes desorganizada e pouco coerente com nós próprios, promovem a pouca vontade de aprender mais.
Por que desistimos de nós ? Que certezas nos valorizam, o que queremos para a nossa vida, faz ou não sentido? É ou não interessante, chegar mais longe?
Vamos partir para a descoberta das nossas mentes, reactivá-las, mexer com o cérebro, vamos aprender mais.
Vasco Rodrigues
Pensamentos
A felicidade não advém do facto de sermos ricos, nem de seremos meramente bem sucedidos na nossa carreira, nem sequer de satisfazer-mos todos os nossos caprichos. Um passo em direcção à felicidade é tornáramo-nos saudáveis e fortes enquanto somos jovens, para que possamos ser úteis e assim consigamos desfrutar da vida quando formos homens

