sábado

Não me revejo nisto

Uns energumes que envergonham o país de nós todos



Sobre o que se passou no Parlamento, no dia da greve geral de 14 novembro, só mais uma achega. As redes sociais deste país estão intoxicadas de ódio. Eu próprio estou a criar dentro de mim uma bola de sensações que acumulo há muito tempo. Mas há verdades que têm de ser ditas. Violência gera violência. E uma sociedade que usa a força para tentar fazer valer a Justiça social é uma sociedade que se presta ao que o poder - sobretudo o vigente - deseja: um argumento consubstanciado em acção para poder exercer acções que limitem a luta [ideológica, política, social, cultural e de carácter]. Hoje ganhou o direito constitucional designado por greve. Mas essa vitória durou apenas até às 18h00. O que se passou a seguir coloca a vantagem do lado dos que defendem uma guerra europeia manchada nas ruas com sangue inglório. Pensem. Pensem bem antes de defenderem uma espécie de Parte II Grega. Pensem se o que se passa na Grécia está a valer a pena. Pensem se querem uma ditadura psicológica exercida por quem lidera e não se desvia um milímetro da política cega de austeridade em marcha. Por mim, continuarei como sempre, dizendo o que penso, fazendo o que posso lá fora e assumindo que a austeridade é necessária mas que podemos tê-la mantendo a nossa condição natural de exigir a dignidade e os mínimos que merecemos enquanto cidadãos.
O problema consiste nesta austeridade tem que acabar e o governo que mude de ideias
O país continua a ser arrastado pela tecnocracia do senhor Gaspar "o homem da folha de excel". Mas, se continuamos bem comportadinhos, a não exigir renegociação da dívida, vamos é comer e calar.


Fotos Lusa

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