As sombras da rua.
2 de Março. Um país inteiro saiu à rua. Não importam os números. Não importa se foi a maior, nem sequer estou interessada em saber se foi mais expressiva que a de 15 de Setembro.A manifestação popular, ordeira, silenciosa à vezes, cantando a Grândola de Abril noutros momentos, e que se viu no sábado passado tem de ter reacção. Reacção de um Governo que não pode ignorar a rua, não pode fingir que não sabe, que não pode mais fechar os olhos ao desemprego, às dificuldades de milhares de lares e à agonia de um país que aguenta como pode.
Sabemos que precisamos limpar a podridão que outros, antes destes, fizeram. É preciso ter noção que não temos dinheiro para pagar salários nem pensões se não cortarmos em despesas que são também elas o Estado social.
Contudo, não podemos aceitar tudo.
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