Sátão: Um novo ano
Um
novo ano que começa com políticas
velhas.
Nada de novo no reino do Sátão.
O
Sátão nos últimos lugares?
Um estudo recente colocou o Sátão nos últimos
quatro lugares dos concelhos com menor qualidade de vida a nível do Distrito.
Não sabemos se a entidade que fez o estudo é
credível nem os critérios utilizados.
O estudo, se for sério, deverá ser entendido
como uma ferramenta para projectar o Sátão para outros níveis de
desenvolvimento económico e social.
A crise não favorece mas também pode trazer
algumas oportunidades para as quais deveremos estar atentos.
Gastos:
o Ginásio
No Sátão como no país, as mudanças de atitude
e de comportamento de quem nos dirige e orienta devem ser profundas. Viver à
custa do Estado e do seu Orçamento tem sido um modo de vida e os investimentos
locais nas últimas décadas aumentaram a despesa para níveis insuportáveis
contribuindo, decisivamente, para o designado deficit orçamental.
A crise explica-se pelos gastos “desenfreados”
nos concelhos e no país.
O novo ginásio municipal de Sátão insere-se
nessa visão dos gastos secundários ou não essenciais que só deveriam surgir
quando tudo o resto, ou seja, quando todas as necessidades básicas estivessem
satisfeitas, o que não é o caso. Quando há aldeias sem saneamento básico não se
podem fazer gastos em coisas que são supérfluas.
Não conhecemos o ginásio por dentro mas a
avaliar pelas imagens inseridas na designada NEWSLETTER do mês de Janeiro está
equipado com um conjunto significativo de aparelhos que devem, ter custado “os
olhos da cara”.
Em tudo na vida é importante estabelecer
prioridades. Um ginásio deste tipo não faria parte dessa lista de prioridades.
Por outro lado, ginásios deste tipo devem pertencer à iniciativa privada uma
vez que a sua exploração deve ser rentável ou seja deve permitir amortizar o
capital investido e deixar um lucro adequado a tal investimento.
Temos que mudar de vida e o exemplo tem de
vir de cima, de quem nos governa, de quem exerce a liderança. Se os exemplos
são maus não se consegue remar contra a maré.
A
extinção das Juntas de freguesia, o caso de Vilalonga
Foi intentada uma providência cautelar tendo
em vista a nulidade das deliberações da Assembleia Municipal que “salvou” a
freguesia de Mioma de ser “engolida” pela freguesia de Sátão e, em
contrapartida, deliberou a junção da freguesia de Vilalonga à freguesia das
Romãs.
A providência cautelar tem fundamentos que
reputamos de válidos e que pode determinar que tudo volte ao início o que significaria
o prejuízo de Mioma, circunstância que também para nós seria penosa e
profundamente errada.
Aguardemos com calma mas aqui fica o nosso
desejo de que Vilalonga recupere o seu estatuto. É que independentemente da sua
dimensão, Vilalonga fica no extremo do concelho, tem vida própria, gente boa e
uma junta activa. Por isso e muitas outras coisas não deveria merecer a
“eliminação”.
O processo de extinção das Juntas de
Freguesia revela-se, pois uma tonteria e um desígnio sem sentido .