Manuela: o que és.
Esperei pacientemente para ouvir a senhora a que muitos chamaram «velha» em 2009. Sou um cidadão, como todos os restantes 10 milhões. Hoje, e perante ano e
meio de tolerância (angustiante e angustiado) para com a necessidade de me sacrificar para limpar a tal «porcaria» acumulada durante décadas, o tempo e a realidade provou-me que o voto que depositei em Manuela Ferreira Leite há três anos, a tal «velha», valeu a pena. Voltaria a fazê-lo. Assumo, publicamente, pela primeira vez, em toda a minha vida enquanto eleitor, a paternidade de uma cruz. Mas, e já agora (porque também me cansei de discutir, meses a fio, política com muitos que foram e são intolerantes com a minha pluralidade democrática e ideológica (ideológica, não confundir com partidária), espero que todos os que odeiam a tal «velha» pelo menos pensem melhor no que disseram na altura, e naquele momento em concreto. Se há político em Portugal que sempre assumiu as suas responsabilidades – boas e más (e tantos erros ela cometeu…) – enquanto titular de cargos públicos, esse alguém chama-se Manuela Ferreira Leite. Uma economista realista, dura, disciplinada e que colocou a causa pública sempre acima dos interesses de um partido que racha ao meio, esteja no poder ou na Oposição. Com competência e, outras vezes, de forma errante. Quem lhe conheça um «telhado de vidro» na praça pública - e também os deve ter - que o exemplifique. Isso não faz dela melhor que nenhum dos outros. Mas a seriedade às vezes confunde-se com as ideologias e as competências profissionais. Desculpem a partilha, mas como milhões de portugueses, cansei-me, estou farto e magoado com um sistema que nega aos seus cidadãos o direito à nacionalidade. Mas a este País falta muita humildade, inteligência e sobretudo compreensão para com os (poucos) políticos que são honestos. Por isso, se não merecemos isto – e não merecemos – também digo, alto e bom som, que isto é fruto das nossas escolhas.
P.S. – Não sou militante de nenhum partido mas sim sócio de um clube que é o belenenses, que vive momentos também dificeis, mas, não trata tão mal os seus adeptos como estes policos e governantes.
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