sexta-feira

Ser sincero ou verdadeiro

Há sempre montes de situações e não foram poucas as vezes, devo confessar, que ouvi de amigos e conhecidos a frase “eu sou sincero”. E ainda, em situações onde parece sempre cair bem, “desculpa mas é a minha sinceridade, (…)”. Nunca avaliei ninguém por isso, mas, hoje, nesta minha crónica, quero expor algumas palavras acerca do que penso sobre sinceridade, e a verdade.
Em geral, temos o hábito de confundir verdade com sinceridade.
Verdade, é uma definição que acho correcta, é tudo que é puro e sincero – quer seja bom, quer seja mau.
Sinceridade é muito mais que uma expressão de honestidade. Ela pode vir a ser a doce palavra que aceitamos como verdade – seja igualmente boa ou má.
Para algumas pessoas, a verdade e a sinceridade significam algo em que se acredita. De facto, por vezes as verdades costumam magoar, mas o que às vezes as complica é o modo como elas são ditas.
A falta de sensibilidade quando expomos um tema, corremos o risco de tirar o fulgor de ser verdadeiro ou sincero.
Deveríamos em certos momentos, tornear certas conclusões, para não ferir alguém? Não. Acho que não. Devemos, sim, aprender a conversar com mais respeito, por vezes é isso que nos falta. Deveríamos aperfeiçoar e evoluir moralmente, mudando, os termos da nossa linguagem que por vezes nos atraiçoa. Ser verdadeiro e sincero são atributos louváveis quando juntos a condutas dignas, nos louvam imenso e nos transportam para patamares de elevado nível, é claro que poderemos evitar verdades desastrosas, omissões deturpadas e mentiras inconvenientes.
Algumas verdades poderão incomodar e ferir a nossa moral, mas, nem por isso devemos retirar do nosso dia-a-dia toda sinceridade, vindo das pessoas que nos rodeiam, nos querem bem e acreditam em nós.
A verdade, gira em torno da sinceridade, se cada um as utilizasse nos termos correctos, com certeza que viveríamos mundo bem diferente.
Vasco Rodrigues

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