RODRIGUES – A MAIOR FAMÍLIA SABUGALENSE – Tal como para os Henriques, podemos estabelecer dois períodos para os Rodrigues. O primeiro, entre 1544 e 1704, em que os réus naturais do Sabugal acabariam presos fora do concelho de nascimento. E o segundo, entre 1704 e 1752, em que os réus presos no Sabugal nasceram sobretudo noutros concelhos, mas alguns deles já haviam nascido no concelho, o que revela algum regresso dos Rodrigues ao Sabugal.
Com efeito, entre 1544 e 1704, os Rodrigues nascidos fora do Sabugal foram presos em Pinhel (3), Penamacor (2), Almeida (1), Guarda (1). Entre 1704 e 1752, os Rodrigues naturais do Sabugal foram presos no próprio concelho (6), na Guarda (7), na Covilhã (2), em Viseu (2), no Rio de Janeiro (1), em Seia (1), no Fundão (1), em Miranda (1), em Beja (1), em Lisboa (1), em Tavira (1), em Valladolid (1), na Galiza (1).
No primeiro período (até início do século XVIII), as prisões dos descendentes do Sabugal ocorreram apenas em concelhos das Beiras, mas nenhum deles foi preso no próprio Sabugal. Já na primeira a metade do século XVIII, a maioria dos Rodrigues nascidos fora do Sabugal acabariam presos nas Beiras, particularmente na Guarda e no próprio Sabugal. Confirma-se, como para os Henriques, o regresso dos judeus de apelido Rodrigues ao Sabugal.
Também aqui se verifica que as Beiras são o local predilecto de acolhimento dos Rodrigues. Os mapas permitem observar a importância dos (actuais) concelhos das Beiras para aquelas famílias, do mesmo modo que para os Henriques, como vimos na crónica anterior. Em conclusão, os réus da Inquisição portadores dos apelidos Rodrigues e Henriques não se afastaram das Beiras.
Já tínhamos visto que o cruzamento mais frequente dos Henriques tinha sido com os Rodrigues. Para além daqueles, os Rodrigues, tal como os Henriques, misturaram-se em segundo lugar com as famílias de apelido Nunes (9), seguidos dos Lopes (6), Vaz (3), Álvares, Mendes, Dias e vários outros, episodicamente. Confirma-se, portanto, que não só as famílias Rodrigues, Henriques e Nunes são as mais numerosas entre os réus sabugalenses, como se cruzaram entre elas ao longo dos séculos, criando uma grande família judaica de criptojudeus do Sabugal.
Também foi possível traçar uma genealogia provisória de um dos ramos da família Rodrigues, como se pode constatar abaixo.
Já tínhamos visto que o cruzamento mais frequente dos Henriques tinha sido com os Rodrigues. Para além daqueles, os Rodrigues, tal como os Henriques, misturaram-se em segundo lugar com as famílias de apelido Nunes (9), seguidos dos Lopes (6), Vaz (3), Álvares, Mendes, Dias e vários outros, episodicamente. Confirma-se, portanto, que não só as famílias Rodrigues, Henriques e Nunes são as mais numerosas entre os réus sabugalenses, como se cruzaram entre elas ao longo dos séculos, criando uma grande família judaica de criptojudeus do Sabugal.
Também foi possível traçar uma genealogia provisória de um dos ramos da família Rodrigues, como se pode constatar abaixo.
GRÁFICO – GENEALOGIA PROVISÓRIA DE UM RAMO DOS RODRIGUES
(*) Biografia de Jorge Martins
(Publicado originalmente em Capeia Arraiana)
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