Até sempre, Gorete!
A morte.
Temo-la
garantida desde o dia em que nascemos.
Mas não
conseguimos adocicar a relação com ela.
Tornar a sua
existência como normal, digamos assim.
Dor e
sofrimento são sentimentos que nos envolvem quando ela chega.
E tudo é mais
dorido e sofrido quando aparece de forma inesperada. Sorrateira.
Como
aconteceu com a GORETE., uma amiga de sempre, estimada filha da terra.
Primeiro, a
negação. “Não, não pode ser, não é verdade!”, exclamamos.
Depois, a
revolta. “É uma injustiça”, dizemos com raiva.
A GORETE
partiu, aos 39 anos de idade.
A Mulher. A
Esposa (do Paulo). A Mãe (de dois filhos, Martim, 4 anos e Diogo 8 anos,).
Uma mãe
“transformada” na estrela mais brilhante no firmamento. No céu.
Por mais que doa a solidão de haver
perdido a mãe querida, espreitar-te-ão sempre pela janela do quarto, todas as
noites, os teus pequeninos, estarão sempre a olhar para a estrela mais
brilhante que está no céu, a minha mãe está ali, aponta o mais pequenito.
Numa ligação
umbilical, cheia de afeto e de sonhos.
Que partilham
sem palavras, apenas através do olhar puro de criança.
Que, assim,
sente a sua mãe mais próximo de si, sente o seu aconchego.
Perante a
realidade brutal, questionamos a vida, pomos tudo em causa.
E repetimos
vezes sem conta a pergunta: “Porquê?”. Que, uma vez mais, fica sem resposta.
A GORETE
deixou-nos, partiu a amiga de todos.
A amiga de
enorme coração, a amiga solidária, a amiga de sorriso sempre posto, a Mulher
empenhada e lutadora, a Mulher determinada, a Mulher que impulsionava a
realização de eventos no clube da terra.
Mas também a
Filha, que cuidava e mimava o seu pai, de 77 anos de idade.
Tarefa não
partilhável com os seus quatro irmãos, emigrantes no estrangeiro.
Todos ficámos
mais pobres.
A Família, os
amigos, a escola, onde era contínua, a comunidade.
Todos vamos
ter de reaprender a viver, com a sua ausência difícil de suprir.
O seu
desaparecimento é traumático, para todos os que a conheciam e com ela
conviviam.
O cortejo
fúnebre da GORETE foi uma enorme manifestação de pesar, a maior de sempre na
freguesia.
Ninguém quis
faltar na hora da despedida. As lágrimas vertidas e os silêncios pesados
marcaram o “adeus”. À GORETE.
Que “viu” o
gesto enternecedor dos alunos da sua escola no aceno com rosas brancas em
frente á sua escola ao seu trabalho, foi muito doloroso, não á memória…
Deixou-nos um
legado, que teremos de cumprir, em homenagem à sua memória.
A marcha
inexorável da vida continuará.
A GORETE, que
fazia parte das nossas vidas, será a ausente mais presente.
Sempre.
Associamo-nos
à dor da Família.
A quem
expressamos as nossas mais sentidas condolências.