segunda-feira
Emigrantes de férias na… terra do nunca!
Agosto é, por excelência, o «mês do Emigrante». É o regresso às origens, à terra natal, ao convívio da família e dos amigos. Depois de mais um ano de labuta intensa longe da Pátria «madrasta».
Aproveitando a presença entre nós de muitos dos nossos concidadãos que fazem o seu dia-a-dia longe da terra que os viu nascer e crescer, a minha crónica nesta edição será, perdoem-me a imodéstia, uma espécie de homenagem a todos os que se viram obrigados a procurar noutros países uma melhor condição e qualidade de vida. E que, como em anos anteriores, estão de regresso. Para uns dias de merecido descanso e confraternização. Que servem apenas para mitigar saudades — expressão que tão bem sabem interpretar. Trazem na bagagem, para além da saudade, a esperança de vir encontrar uma terra — a sua terra — melhor, mais desenvolvida, mais «europeizada», porventura idêntica às que habitam no país da «estranja». Mas…
… Mas este País, que também é o seu, pouco, ou nada, tem feito pelos emigrantes, portugueses de corpo inteiro, cerca de 4,5 milhões espalhados pelos cinco continentes, que dão corpo e alma à diáspora portuguesa e representam cerca de 2 por cento do PIB (Produto Interno Bruto) com o envio das suas poupanças. Como os recebem?
Mal. Definitivamente mal. Mas não é só o País e o Governo que os representa. Criou-se a ideia, a meu ver erradamente, de que para os emigrantes basta, neste mês de Agosto, celebrar, com festividades mais ao menos alegres, a Santa ou Santo que a lenda transformou em padroeiro. Mas é pouco e, repito, errado. Às autarquias, câmaras e juntas de freguesia, cabe o papel de receber os seus filhos com a dignidade e respeito que eles merecem. Estão fora? É verdade, mas não é por vontade própria. Preparam-se uns festejos, uns foguetórios e umas festanças para celebrar? É curto. Na nossa terra, e é desta que quero falar, à Junta de Freguesia cabe um papel mais importante. Por exemplo, o de promover uma melhor qualidade de vida aos que ficaram para, por indução, se calhar «convidar», de forma apelativa, o regresso dos que estão fora. E o que é que tem sido feito? O que é que esta terra oferece de novo e melhor aos seus filhos emigrantes, que os leve a deixar o estrangeiro e promover o regresso às origens? Nada, rigorosamente nada. Lamentavelmente.
Relembro o que escrevi há duas edições atrás: por onde param os dinheiros do QREN que visam, acima de tudo, promover o desenvolvimento regional? A nossa Junta de Freguesia apresentou, como deveria ter feito, a sua candidatura a um projecto subsidiado? A nossa Junta de Freguesia candidatou-se a fundos financeiros para fazer as obras e melhorar a qualidade de vida dos residentes? A nossa Junta de Freguesia, «irmãmente» ligada à Câmara, já levantou a sua voz de protesto relativamente ao que se passa com a ETAR, inacabada e que, por força disso mesmo, se limita, não a tratar dos esgotos, mas, sim, a poluir o ambiente de maneira pestilenta?
Caros emigrantes: a vossa presença na nossa terra, infelizmente, é curta. Mas, perante o cenário que se vive por aqui, apetece-me dizer que ainda bem para todos vós. Pelo menos não são sujeitos a um dia-a-dia, a um quotidiano de definhamento constante que é de verdadeira sobrevivência. Que falta fazem os vossos votos para ajudar a mudar o mau estado das coisas. Como vereis nestes escassos 30 dias de descanso.
A todos os meus desejos de boas férias!
Vasco Rodrigues
Publicado em Artigo opinião " Gazeta Sátão" Agosto 2009
domingo
A nossa querida Aldeia
É ISTO QUE NOS DÁ SAUDADE...
É ISTO QUE NOS DÁ ÂNIMO...
É ISTO QUE NOS VONTADE DE VOLTAR...
É ISTO QUE NOS FAZ FELIZ...
É ISTO QUE NOS PRENDE ÀS NOSSAS RAÍZES...
É ISTO QUE NOS FAZ LEMBRAR O CHEIRO DA TERRA HÚMIDA...
É ISTO QUE NOS FAZ LEMBRAR O TEMPO DA SEMENTEIRA...
É ISTO QUE NOS FAZ LEMBRAR OS TEMPOS DE UMA SARDINHA PARA TRÊS...
É ISTO QUE NOS FAZ LEMBRAR O TEMPO DE ANDARMOS DESCALÇOS...
É ISTO QUE NOS FAZ LEMBRAR O TEMPO DOS BAILARICOS...
É ISTO QUE NOS FAZ LEMBRAR O TEMPO DOS NAMORICOS...
É ISTO QUE NOS DÁ UMA CERTA NOSTALGIA...
....POIS É POR ISTO QUE SENTIMOS SAUDADE...
Tarde de folclore com o rancho de Ferreira D'aves
Foi uma tarde linda de folclore, e muito mais, muito devertimento....
A Festa Religiosa
Com um calor abrasador, o povo saiu no seu tradicional cortejo pelas ruas, em procissão, em honra de Nossa Senhora dos Altares.
Bonito de se ver, como manda a tradição centenária....
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